Na manhã desta sexta-feira (13), um grupo de manifestantes se reuniu em frente à Prefeitura de Petrolina, no semáforo localizado na Avenida Guararapes, para protestar contra o abandono de animais na cidade. A mobilização, organizada pelo projeto Oxente, busca sensibilizar o poder público para a necessidade de implementar políticas de controle populacional, como a castração em massa.
Márcia Borges, representante do projeto, explicou o objetivo da manifestação. “Esse é o segundo manifesto, que a gente faz pedindo que definitivamente o poder público — prefeito, vereadores, secretários — enxerguem a causa animal como questão de saúde pública. Quanto mais animais abandonados, mais filhotes nascendo e morrendo nas ruas. Isso pode se tornar uma questão de saúde pública. Esses animais têm também zoonoses que podem ser transmitidas para o ser humano, então é urgente, é crítico que o poder público tenha, na nossa cidade, um projeto de castração em massa.”
Segundo Márcia, o abandono de animais é uma realidade visível em toda Petrolina, desde a Orla até as áreas periféricas. “O objetivo é chamar a atenção do poder público em relação ao abandono de animais em Petrolina. Hoje, em todos os lugares de Petrolina, é visível a quantidade de animais abandonados sofrendo. A ação do poder público com castração, a médio e longo prazo, pode tornar Petrolina referência nacional em cuidado com esses seres que não pediram para nascer e nascem por falta de política pública de controle de natalidade.”
A representante também destacou a urgência de diálogo com a gestão municipal. “Espero que o prefeito nos receba em seu gabinete. Hoje, ele não está aqui, acredito que ele está em Caruaru recebendo um selo, mas que nos próximos dias ele receba a proteção animal de Petrolina no seu gabinete, para que ele olhe nos nossos olhos e sinta a dor que a gente sente.”
Os manifestantes pretendem permanecer no local até o fim da manhã. Márcia ressaltou a dificuldade em manter a mobilização devido ao calor e à presença de filhotes resgatados que estavam condenados à morte nas ruas. “A gente resgata um e nascem cem. Então, precisamos realmente do envolvimento do poder público”, concluiu.