Segurança pública em Petrolina: planos de 2025 incluem tecnologia, capacitação e reforço no videomonitoramento

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Nesta terça-feira (21), o secretário de Segurança Pública de Petrolina, Luiz Cláudio, apresentou informações sobre os projetos em andamento e os planos da pasta para o próximo ano. Entre as iniciativas, destacam-se a ampliação do videomonitoramento, a criação de uma diretoria de inteligência e a realização de uma conferência pública para discutir melhorias no setor.

Segundo o secretário, a integração com outras forças de segurança é um dos principais focos para garantir mais eficiência nos atendimentos. “Estamos criando agora a nossa Diretoria de Inteligência da secretaria para fazer esse monitoramento integrado com as outras forças de segurança. Vamos buscar muito esse fortalecimento com as outras instituições, porque todos nós precisamos da nossa contribuição e dividir o fardo, que acaba sendo muito pesado para que as coisas funcionem. Já estamos elaborando o termo de referência para a contratação do videomonitoramento aqui na cidade. Temos hoje uma quantidade de câmeras que está sendo ampliada, como no Parque do Povo.”

O secretário destacou também que a cidade trabalha na elaboração do Plano Municipal de Segurança Pública, com previsão de conclusão até o final deste ano. “Queremos até o fim do ano divulgar o plano municipal de segurança pública, um plano de 10 anos que vai prever infraestrutura, inteligência e capacitação da nossa guarda municipal, focando também na conscientização nas escolas.”

Outro ponto abordado foi a municipalização da segurança pública, tema em crescimento no Brasil. “Não há como virar as costas para uma grande verdade que vem se tornando cada dia mais real no Brasil: a municipalização da segurança pública. São as pessoas que estão mais próximas do poder municipal, e é o município que está mais próximo das pessoas. A Guarda Municipal pode ser acionada para qualquer ocorrência, e, se não for algo que estejamos aptos a atender, vamos repassar para a Polícia Militar ou para a Polícia Civil.”

Além disso, Luiz Cláudio ressaltou o impacto do aumento da população em situação de rua no contexto de segurança. “Esse problema do aumento das pessoas em situação de rua é nacional e se agravou muito depois da pandemia. Estudos apontam um crescimento de mais de 200%. Petrolina, enquanto uma cidade que presta atendimento assistencial e de saúde a essas pessoas, é um exemplo. Tanto é que, no ano passado, tivemos a visita do Ministério da Justiça, que entendeu nosso caso como um modelo a ser replicado em outras cidades.”

Entre as medidas previstas para 2025, o secretário mencionou a possibilidade de unificar os números de emergência, facilitando o acesso da população aos serviços públicos. “Hoje, temos bombeiros no 193, guarda no 153, ouvidoria no 156, polícia militar no 190. Veja a quantidade de números! Poderíamos ter apenas um número com uma central de operações que recebesse as chamadas e as direcionasse para o órgão competente. Isso está entre os nossos planejamentos.”

Luiz Cláudio também destacou os esforços para fortalecer a Guarda Civil Municipal, incluindo a realização de um novo concurso público e a capacitação dos profissionais. “Estamos concluindo o edital e queremos realizar a Conferência de Segurança Pública. Nosso principal objetivo é investir em infraestrutura, inteligência e, principalmente, na conscientização da população, porque juntos somos mais fortes.”

O secretário também fez um alerta sobre os impactos dos trotes nos serviços de segurança pública. Ele ressaltou que ligações falsas comprometem o trabalho das equipes e atrasam atendimentos essenciais. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, o Centro de Inteligência, Monitoramento e Controle Operacional, que funciona 24 horas, registrou em 2024 uma média de 1.670 ligações mensais, das quais 370 foram identificadas como trotes, representando 22,15% do total.

“As pessoas precisam entender que existe um serviço caro que está sendo disponibilizado para elas. Na medida em que esse serviço é desperdiçado em chamadas que, na verdade, não existem, outras pessoas que precisam desse atendimento acabam ficando sem ele. Então, é uma rede de problemas que vai se construindo, e ela começa justamente na falta de educação das pessoas em saber fazer o uso dessa ferramenta da melhor forma possível”, concluiu.