A Polícia Civil de Petrolina segue investigando diversos crimes de grande impacto na região, entre eles, o assassinato do policial militar Lucas Emanuel Marinho, ocorrido no último domingo. O crime, que gerou grande repercussão, teve como autora confessa a ex-companheira da vítima, a policial militar baiana Marlade, que já se encontra detida.
Em entrevista à Rádio Grande Rio FM, o delegado Gabriel Sapucaia esclareceu os principais elementos que levaram a Polícia Civil a descartar a hipótese de legítima defesa nesse caso. “De imediato, chegamos ao local por volta das 7 horas da manhã, logo após o crime, e constatamos algumas informações pertinentes. A vítima foi assassinada dentro do veículo, com a arma na cintura, sem qualquer indicativo de que tenha tentado reagir. Além disso, imagens de câmeras de monitoramento mostram a suspeita saindo de sua residência com a arma em punho e efetuando diversos disparos”, explicou o delegado.
A suspeita se entregou espontaneamente no batalhão em Juazeiro, na Bahia, e posteriormente foi transferida para Petrolina. Segundo Sapucaia, apesar da apresentação voluntária afastar a possibilidade de prisão em flagrante, outras medidas cautelares foram solicitadas. “Diante dos elementos coletados, representamos pela prisão da investigada, e o mandado foi expedido ainda na manhã do domingo”, afirmou.
Motivação e circunstâncias do crime
Questionado sobre possíveis registros de ameaças ou medidas protetivas entre a vítima e a autora, o delegado informou que não havia boletins de ocorrência registrados. “Em interrogatório, a suspeita relatou que após o término da relação, ambos frequentemente discutiam, principalmente sobre questões financeiras e a divisão de bens, mas nada que houvesse sido oficializado em queixa na delegacia”, detalhou.
O crime aconteceu na manhã de domingo, no momento em que Lucas Marinho foi buscar os filhos na residência de Marlade. Ambos entrariam de serviço naquele dia. “Havia um acordo prévio para que ele chegasse àquele horário. Assim, ele compareceu ao local, e, como mostram as imagens, foi recebido a tiros, sem qualquer chance de defesa”, afirmou o delegado.
A polícia também trabalha com a hipótese de premeditação do crime. “Temos elementos, como as mensagens e o fato de que ela já aguardava a chegada dele com a arma em punho. Isso reforça a tese de um crime premeditado”, pontuou.
Procedimentos e detenção da suspeita
Por ser policial militar, Marleide foi encaminhada a um estabelecimento prisional da corporação em Juazeiro, na Bahia. A investigação ainda está em andamento para compreender toda a motivação do homicídio. “A dinâmica do crime já está elucidada, mas ainda analisamos possíveis fatores que possam ter desencadeado a ação”, afirmou Sapucaia.
A Polícia Civil sustenta a acusação de homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. “O crime não foi precedido de discussão naquele momento. Além disso, a vítima foi atingida pelas costas, sem tempo de reação. Esses são elementos cruciais para a qualificação do homicídio”, destacou o delegado.
Outros Casos de Repercussão em Petrolina
Além desse homicídio, a Polícia Civil de Petrolina segue investigando outros crimes de grande impacto, como o assassinato do personal trainer Giovani e do empresário Bruno Ramalho. No caso de Giovani, ocorrido em outubro de 2024, o delegado informou que as investigações levaram à identificação e prisão do policial militar suspeito do crime. “Com base em ameaças prévias, imagens de câmeras e outros elementos, foi possível determinar a autoria do crime e efetuar a prisão do suspeito”, disse Sapucaia.
Já no caso do homicídio do empresário Bruno Ramalho, também ocorrido em 2024, a polícia identificou e prendeu o executor, o proprietário do veículo utilizado no crime e o suposto mandante. “Os três envolvidos foram detidos, e as provas coletadas foram remetidas à Justiça”, informou o delegado.
Redução de Homicídios em Petrolina
Apesar dos crimes de grande repercussão, a Polícia Civil de Petrolina comemora uma redução no índice de homicídios na cidade. Dados preliminares apontam que fevereiro de 2025 registrou uma queda significativa em relação ao mesmo período de 2024.
“A redução nos homicídios é resultado do trabalho intenso das forças de segurança, investigações rápidas e ações preventivas. Continuamos empenhados para garantir que Petrolina seja uma cidade mais segura”, concluiu o delegado Gabriel Sapucaia.