Nesta terça-feira (18), em entrevista ao programa Nossa Voz, o presidente do Sindilojas, Joaquim de Castro, manifestou preocupação com a crescente onda de insegurança que tem atingido o centro comercial de Petrolina. Em sua fala, ele destacou que comerciantes e a população em geral são vítimas frequentes das ações criminosas e que, apesar de constantes reuniões com autoridades, a situação segue alarmante.
“Olha, essa questão tem realmente preocupado a todos, tanto a gente como representante de entidade que representa o comércio, quanto a própria CDL. Acredito que as pessoas de um modo geral, porque são vítimas dessas ações e também as autoridades, porque há muito tempo que se vem discutindo, conversando. Nós temos feito reuniões com os órgãos de segurança, os batalhões de polícia, a Guarda Municipal, a Polícia Civil. Fizemos já várias reuniões e sempre se chega ao mesmo ponto: há um reforço momentâneo nas ações, o que inibe naquele momento, mas depois volta ao estado normal”, afirmou Joaquim Neto Castro.
O presidente do Sindilojas também criticou a legislação, que, segundo ele, facilita a ação da criminalidade, e citou casos em que criminosos foram detidos múltiplas vezes em um mesmo dia sem sofrer consequências severas.
“Temos conhecimento, pelas próprias polícias, de pessoas que foram presas três vezes no mesmo dia, praticando o mesmo crime. Houve um caso de um empresário que foi prestar um boletim de ocorrência e, ao voltar para sua loja, encontrou o criminoso na mesma rua, em liberdade. Isso desestimula os empreendedores, pois os arrombamentos são constantes. Precisamos de medidas mais eficazes para combater esse problema”, pontuou.
Joaquim Neto Castro destacou ainda a necessidade de separar os perfis das pessoas em situação de rua, distinguindo aquelas que realmente precisam de assistência social das que praticam atos criminosos. Ele defendeu a participação conjunta das forças de segurança, Ministério Público e Judiciário para encontrar soluções mais eficazes.
Na ocasião, ele mencionou a recente operação “Guardião”, da Guarda Municipal, que atua das 22h às 6h da manhã para conter a criminalidade noturna. Apesar de reconhecer a importância da ação, ele reforçou que medidas mais amplas e duradouras precisam ser implementadas.
“Isso resolve no momento da ação, mas no dia seguinte, os criminosos voltam a atuar da mesma forma. Nem a polícia nem a Guarda Municipal podem estar em todos os lugares o tempo todo. Precisamos criar mecanismos para que os criminosos temam a justiça e saibam que haverá consequências reais para seus atos”, completou.
Diante da crise de segurança, o novo comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), Tenente-Coronel Welber Charles Cavalcanti Gonçalves, que assumiu o posto nesta segunda-feira (17), declarou que pretende adotar estratégias para reduzir todos os tipos de violência na região.
“Nosso principal objetivo é adotar estratégias que possibilitem a redução da violência de todos os tipos: crimes violentos contra o patrimônio, como assaltos e arrombamentos, furtos, tentativas de homicídio, feminicídios e violência doméstica. Pretendemos implementar algumas estratégias que nos ajudem a atingir esses objetivos”, afirmou o comandante.
