Em 2023, 5.883 brasileiros morreram afogados. Isso significa 395 pessoas a mais do que no ano anterior. Afogamento é uma das maiores causas de morte de nossas crianças e jovens, de 1 a 24 anos. Segundo o Boletim SOBRASA – Perfil Epidemiológico 2025 , a cada 90 minutos uma pessoa morre por afogamento, são 16 pessoa por dia e ele é a segunda causa de óbito de 1 a 4 anos. Homens morrem em média 6 vezes mais e 76% das mortes ocorrem em água doce. A cada 2 dias um turista morre no Brasil e dois brasileiros morrem afogados diariamente ao tentar ajudar, sem conhecimento, outros em perigo. Mais de 90% dessas mortes acontecem por desconhecimento dos riscos, de como prevenir e agir nessas situações.
O boletim oferece uma análise minuciosa dos incidentes de afogamento em todo o país, fornecendo estatísticas cruciais sobre grupos etários, sexo, locais e circunstâncias que rodearam estes trágicos acontecimentos. A SOBRASA categorizou os dados por regiões, e por estados, esclarecendo tendências específicas de afogamento e disparidades regionais. Esta informação é vital para adaptar estratégias de intervenção para enfrentar os desafios únicos enfrentados em várias partes do país. O documento inclui uma seção detalhada sobre medidas preventivas, enfatizando a importância da educação sobre segurança aquática, supervisão e uso adequado de dispositivos de flutuação pessoais.
Outra questão de destaque, levantada no boletim, é o papel dos guarda-vidas na redução dos riscos de afogamento. A cada 18 salvamentos realizados por guarda-vidas 1 necessita de atendimento hospitalar. Ou seja, o principal problema reside nas diversas áreas espelhadas onde não há supervisão profissional, como residências, rios, lagos, cachoeiras e represas, onde o risco estimado de morte por afogamento é 60 vezes maior. A cada 10 óbitos de brasileiros por afogamento, 9 ocorrem antes de chegar ao hospital. Além disso o documento apresenta os desafios enfrentados na promoção da segurança da água e o fornecimento de recomendações baseadas em evidências levantadas por órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde – OMS.
SOBRE A SOBRASA – Criada em 1995, a SOBRASA é uma organização não governamental sem fins lucrativos, que funciona como um conselho profissional e atua unindo o Brasil na redução dos afogamentos. Com seus 7.500 voluntários em todo país, em sua diretoria possui os maiores especialistas no Brasil e é a representante da Federação Mundial de Salvamento Aquático (ILS) desde sua fundação. A entidade produz e compartilha gratuitamente a maior quantidade de materiais científicos e lúdicos em educação no mundo, servindo assim de espelho a diversos países que utilizam seus protocolos e ferramentas na prevenção de afogamentos, no salvamento, em primeiros socorros e nos serviços de emergências e hospitais.
Ao longo da história a entidade elaborou mais de 18 programas de prevenção que envolvem todas as faixas etárias, cenários e atividades aquáticas. O problema afogamento é grave e complexo e sua principal solução é a educação da população e dos profissionais que lidam com a segurança aquática”, ressalta o Secretário Geral da SOBRASA, David Szpilman. Ao longo desses 30 anos, a SOBRASA ajudou a reduzir em 50% as mortes por afogamento no Brasil, mas a entidade precisa de ajuda para manter seu trabalho.
Embora a SOBRASA possua diversos parceiros e hoje tenha todo o entendimento do problema, onde ocorre, com quem, quando acontece, como evitar e como tratar, somos um país continental e a comunicação é fundamental para que todas essas importantes questões – conhecer os riscos, respeitar seus limites, e saber agir – cheguem a todos os cantos e possam surtir real efeito. Por isso queremos convidar a todos a unirem-se conosco na luta pela vida, tornando-se um voluntário, doando e conhecendo nossas atividades através do www.sobrasa.org , jáo boletim pode ser acessado clicando aqui.
Fonte: Assessoria