Após as declarações do vereador Dhiego Serra sobre a ocupação da Fazenda Copa Fruit, na zona rural de Petrolina, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) respondeu às críticas. Florisvaldo Araújo, uma das lideranças do movimento no município, contestou o tom adotado pelo parlamentar e apresentou a versão do MST sobre a situação da área.
De acordo com Florisvaldo, o vereador chegou à fazenda de forma intimidadora, “em tom de ameaça e amedrontando as famílias”, além de ter chamado os trabalhadores de “bandidos”. Ele classificou a postura como desrespeitosa e desnecessária diante de um grupo que busca o direito à terra para produzir.
A liderança do MST afirmou ainda que a área está há mais de duas décadas sem qualquer atividade produtiva, com energia e água cortadas, além de apresentar sinais claros de abandono e sucateamento. “A fazenda não produz nada há muitos anos”, destacou.
Florisvaldo também revelou que o imóvel já foi vistoriado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e está em processo de desapropriação. “A área será transformada em assentamento e o proprietário já foi comunicado”, afirmou.
Segundo ele, as famílias acampadas são, em sua maioria, oriundas de Lagoa Grande e Petrolina, e atendem aos critérios exigidos para integrar programas de reforma agrária.