Após críticas sobre repasses do governo, Antônio Coelho diz: “Não enxergo a necessidade do Hospital Dom Tomás ser estadual”

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Em entrevista ao programa Nossa Voz, o deputado estadual Antônio Coelho (União Brasil) compartilhou o desfecho positivo de uma denúncia feita por seu mandato: a regularização dos repasses do Governo do Estado ao Hospital Dom Tomás, em Petrolina, que estavam atrasados há quatro meses e ameaçavam a continuidade das cirurgias na unidade.

“Sim, houve [resposta do governo] e eu quero compartilhar aqui boas notícias, que após o nosso posicionamento, o governo do estado efetuou o pagamento represado de repasses. Para se colocar em contexto, haviam quatro meses que o governo do estado não fazia os repasses para o Hospital Dom Tomás e todo o corpo técnico do Dom Tomás estava fazendo tudo que era possível para não interromper os serviços, mas haviam chegado no seu limite.”

Segundo o deputado, o posicionamento público e oficial cobrou diretamente o governo estadual e provocou uma resposta imediata.

“Após o nosso posicionamento, ontem (9) mesmo eles efetuaram os pagamentos que estavam represados e, felizmente, fico muito feliz de saber que as cirurgias não irão parar e que a gente vai poder contar com esse serviço de excelência que é prestado ao Dom Tomás.”

Apesar da regularização, Coelho alertou para um problema crônico de subfinanciamento. Segundo ele, os repasses feitos pelo Estado continuam defasados em relação à demanda e aos custos reais do hospital.

“O nosso próximo desafio, é lutar pelo ajuste, o adequamento dos repasses. O corpo técnico do Tomás estima que há uma defasagem mensal de cerca de R$ 1 milhão e 200 mil frente aos serviços, às cirurgias, às mamografias, a todo tipo de serviço que é ofertado por lá.”

O parlamentar destacou o esforço coletivo do seu grupo político no apoio à instituição, com emendas que têm colaborado para manter o hospital em funcionamento.

“Por exemplo, há uma emenda de R$ 5 milhões do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, que foi liberada recentemente e está ajudando no custeio. Eu, pessoalmente, o nosso mandato destinou uma emenda de R$ 500 mil para uma nova usina de oxigênio.”

Questionado sobre a possibilidade do hospital ser estadualizado, Antônio Coelho defendeu a atual configuração da unidade filantrópica.

“Francamente, eu gosto do perfil dele ser um hospital filantrópico. Acho que ele tem conseguido diversas doações, tem sido muito bem gerido. Eu ainda não enxergo a necessidade dele ser convertido num hospital estadual. Acho que as coisas estão indo muito bem do jeito que elas estão lá no Hospital Dom Tomás.”

O deputado concluiu destacando a gestão de Dr. Augusto Coelho, diretor do hospital, a quem classificou como um “visionário”.

“Acho que o Dr. Augusto Coelho é um visionário, ele tem transformado isso num pilar de excelência, um hospital que não deve nada a hospital privado de todo o Brasil. Portanto, eu acho que estamos trilhando num bom caminho.”