Durante entrevista concedida ao programa Nossa Voz, o deputado estadual Antônio Coelho (União Brasil) comentou sobre os rumos políticos de Pernambuco, o cenário nacional e as movimentações partidárias que podem marcar as eleições de 2026. Entre os principais pontos abordados, o parlamentar falou sobre a ausência de uma representação firme do estado no Senado, reafirmou sua aliança com o PSB e se mostrou favorável à possível federação entre União Brasil e Progressistas.
Ao ser questionado sobre uma eventual candidatura do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ao Senado Federal, Antônio Coelho destacou a carência de uma voz forte para representar os interesses de Pernambuco em Brasília e apontou o irmão como um nome competitivo para 2026.
“É a saudade de Petrolina, de todo sertão e em alguns aspectos de todo Pernambuco, de ter uma voz firme lá no Senado defendendo os nossos interesses e o nome que desponta, o nome que se apresenta mais competitivo, que tem ganhado tração Pernambuco afora, é o nome do nosso líder político, o nome de Miguel Coelho, que eu tenho certeza que ele irá contribuir bastante no ano de 2026.”
Indagado sobre a estabilidade da aliança com o PSB, mesmo após ter deixado o cargo na Secretaria de Turismo do Recife e retornado à Assembleia Legislativa, o deputado reafirmou a parceria política com o prefeito João Campos e disse acreditar na continuidade desse alinhamento.
“Sim, nossa aliança é sólida, penso que durante o meu tempo na Secretaria de Turismo do Recife, conseguimos construir uma bela relação com o prefeito da capital João Campos. O sentimento que nos move mais, Carine, é uma inconformidade com como as coisas vêm sendo tocadas em Pernambuco. É uma das minhas convicções que Pernambuco pode mais, que deve ser um líder no Nordeste, que tem que ser uma voz que fale para todo o Brasil, e isso é algo que infelizmente não existe hoje. João é um quadro qualificado, já conheço de perto as suas habilidades e eu tenho certeza que nós iremos escutar o nome dele nas próximas eleições.”
Outro tema abordado durante a conversa foi a possível federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP), que vem sendo ventilada nos bastidores políticos. Coelho avaliou positivamente a possibilidade, destacando o impacto que a junção poderia ter no cenário nacional.
“Eu vejo com bons olhos, acho que seria a formação do maior partido do Brasil, com a maior bancada na Câmara Federal, com certeza seria um fato novo na política, mas eu tenho — não só eu, mas todos nós temos — boas relações com os quadros do PP, desde Eduardo Lula da Fonte aos deputados estaduais. E eu tenho certeza que um eventual novo partido desse porte teria muito a contribuir para Pernambuco e para o Brasil.”
Com um discurso que mescla crítica à condução atual do estado e entusiasmo com os novos nomes da política pernambucana, Antônio Coelho sinaliza o tom que deve nortear sua atuação e a de seu grupo político nos próximos anos: articulação, protagonismo e renovação.