A Semana Santa é um período de silêncio, esperança e renovação — e quem passou pelo Pod Chegar nesta quinta-feira (17) foi alguém que carrega essa vivência com intensidade e verdade: a comunicadora e colunista Nélia Lino, católica praticante e Ministra da Sagrada Comunhão Eucarística da Paróquia de Nossa Senhora Rainha dos Anjos.
Com o coração aberto e a voz embargada de emoção, Nélia compartilhou sua rotina de fé, marcada por orações diárias, entrega e acolhimento. “Mesmo nos dias difíceis, quando a gente acorda e diz: ‘Obrigado, Senhor’, já é um gesto de fé. Mesmo que venha o medo, o aperreio, a dor… a entrega a Deus transforma o dia”, contou.
A entrevista também mergulhou no papel da fé como prática e presença no cotidiano. “Não é fácil viver a fé. Somos falhos. Mas quando encontramos esse equilíbrio, quando conseguimos fazer da fé uma prática, aí a gente sente o coração mais leve. A fé precisa ser vivida, e não apenas falada”, destacou.
Nélia também falou com profundidade sobre sua missão como Ministra da Eucaristia. “Muitas vezes a gente vê no semblante da pessoa que se aproxima para comungar, a dor, a aflição. E ali, mesmo em silêncio, a gente ora: ‘Senhor, proveja o que essa pessoa está necessitando’. Porque é ali, naquele momento da comunhão, que a fé se concretiza no amor”, revelou.
Além da experiência religiosa pessoal, Nélia compartilhou um pouco da história de fé da sua família, que vem de raízes católicas profundas, e também falou com orgulho sobre a vivência ecumênica dentro de casa com sua nora, que é evagélica. “Minhas netas participam da escola dominical, oram, cantam, estão aprendendo a fé. E isso me enche de gratidão”, disse.
Para ela, a Semana Santa é um chamado para o mergulho no silêncio e na empatia. “A gente precisa viver o mistério da cruz como se fosse com alguém nosso. Imagina Jesus ali, como um filho, um pai, um amigo. Sinta essa dor. Só assim a gente compreende a grandeza da ressurreição no domingo”, concluiu.
Ao final, ficou o convite para que todos pratiquem uma fé viva, real, possível — que começa no primeiro pensamento ao acordar e se estende em cada gesto de amor e compaixão. “Todos os dias é possível viver uma nova Páscoa, e ter a fé de Deus renascido dentro da gente”.