Durante a sessão desta terça-feira (06) na Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Ronaldo Silva fez duras críticas ao contrato firmado entre a Prefeitura e a empresa Atlântico Transportes. O acordo, homologado judicialmente, estabelece a rescisão amigável da concessão do transporte coletivo e prevê um regime de transição de 18 meses até que uma nova empresa assuma o serviço por meio de licitação.
Ronaldo chamou a situação de “calamidade pública” e denunciou que diversos bairros da cidade ficarão sem transporte público nos finais de semana e feriados. Entre os afetados, ele citou o São Gonçalo, Residencial Palmares, Jardim Amazonas, Cosme e Damião, Vale do Grande Rio, Pedra Linda, Vila Eulália, Santa Luzia, Vila Marcela, Vivendas, Henrique Leite, Cláudia, Carneiros, Parque Petrolina e Monsenhor Bernardino.
Segundo o vereador, o contrato prevê que a Atlântico permaneça operando até o fim do processo licitatório, recebendo R$ 16,8 milhões parcelados em 18 meses como compensação pelas gratuidades a idosos e manutenção do serviço mínimo.
“Isso é uma irresponsabilidade com a população de Petrolina. Um contrato que já nasceu viciado, com balanço patrimonial questionado judicialmente, e agora o povo é que paga a conta”, declarou Ronaldo, ressaltando que espera que a empresa não participe do próximo certame, conforme prevê o próprio acordo judicial.
De acordo com o termo assinado, a Atlântico deve operar, no mínimo, 55 ônibus durante o período de transição, mantendo 22 linhas em funcionamento, mas com significativa redução da frota aos finais de semana: serão apenas 27 veículos aos sábados e 13 aos domingos e feriados. (Foto: Nilzete Britto/Ascom CMP)