Em entrevista concedida ao programa Nossa Voz nesta sexta-feira, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Roberto Alcântara, anunciou mudanças no tráfego da ponte Presidente Dutra, que liga as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). A principal alteração é a suspensão do acesso pela segunda rampa de descida no sentido Juazeiro–Petrolina, como parte das obras de requalificação viária da região.
“Neste momento o que será feito é suspender o tráfego pela segunda rampa. Então, se alguém desceria ali na segunda rampa, ele irá antecipar essa descida, irá descer na primeira. Apenas isso. Ou desce mais adiante na terceira rampa”, explicou Roberto.
A interdição é necessária para permitir a continuidade da perfuração de estacas da obra de arte número 1, estrutura que se estende da ponte até a altura do supermercado Assaí.
“Apenas o fluxo, a descida pela rampa, foi interrompido para que a gente possa avançar com a perfuração das estacas sem comprometer. Observe, nós já estamos perfurando algumas estacas e serão 720 estacas que serão perfuradas nesse segmento”, afirmou o superintendente.
Segundo Alcântara, as obras já começaram há alguns meses sem impacto no tráfego, mas agora a intervenção tornou-se inevitável:
“Nós já temos avançado de forma significativa, mas chegou o momento que é necessário continuar. E a única mudança que haverá nesse momento é essa. Quem sai de Petrolina para Juazeiro, sentido Açaí, por exemplo, não terá mais a opção de descer na segunda alça. Então, quem pretende ir para o G. Barbosa, por exemplo, desce na primeira rampa ou desce na terceira e aí teria que fazer um retorno.”
Apesar da alteração, o superintendente garantiu que a fluidez será mantida:
“Essa alteração é apenas essa, como forma de dar continuidade às obras e mitigando qualquer tipo de efeito maior para a população. Se a retirada de uma rampa não comportar, você imagina a retirada da banca toda que vai acontecer nos próximos dias.”
Sobre os questionamentos da população em relação à duplicação da via nas imediações do Banco do Brasil, Alcântara explicou:
“Do ponto de vista prático, aquela rampa, observe, ela só tem uma utilidade. Aquela rampa que está construída não interfere absolutamente em nada do tráfego. Qual é a finalidade daquela rampa que está sendo construída? Da mobilidade pela ponte no momento da demolição da banca.”
Ele reforçou que a estrutura está sendo preparada para o futuro momento de maior impacto nas obras:
“Aquela rampa tanto de descida quanto de subida não tem nenhuma finalidade para o fluxo atual. A finalidade dela é para o momento da demolição da banca, como forma de permitir a continuidade do tráfego pela ponte.”
Sinalização e comunicação com a população
O DNIT também prepara uma campanha de sinalização e informação para orientar os motoristas e minimizar os impactos das mudanças:
“Nossa expectativa é que durante esse mês de junho nós estejamos confeccionando todas as placas de sinalização, indicando quais são as vias alternativas. No mês de julho, teremos um mês dedicado apenas à comunicação com a população.”
Essa comunicação incluirá empresas de transporte, caminhoneiros e motoristas em geral, já que haverá até limitação de horários para determinados tipos de veículos.
“Uma série de medidas terão que ser adotadas para que a gente mitigue os danos e os prejuízos decorrentes desse momento de demolição da banca, mas tudo isso foi devidamente planejado.”
Previsões de entrega e atrasos pontuais
Roberto Alcântara afirmou que, apesar de pequenos atrasos na entrega de materiais, o cronograma geral da obra segue dentro do esperado:
“Estamos dentro do prazo. Nossa expectativa era até o São João, portanto, ainda dentro do mês de junho, podemos liberar toda aquela região.”
Os viadutos 2, 3, 4 e 5 estão sendo trabalhados simultaneamente, e as vias marginais — que passam pelos canais — devem ser liberadas até o fim de junho, já com pavimentação finalizada. Houve, no entanto, atrasos na entrega de conexões de tubulação necessárias para fechar os bueiros da região:
“A transportadora atrasou, quebrou o carro, enfim, mas hoje deve estar chegando essas conexões. Estaremos fazendo essa entrega ao SAAE, e tão logo o SAAE promova essas obras, nós estaremos liberando o tráfego por aquelas vias marginais.”
“Temos tido algum nível de transtorno porque os bueiros foram construídos, tanto de um lado quanto do outro, mas ainda não conseguimos fechá-los por falta dessas conexões, que tiveram que ser fabricadas no estado de São Paulo.”
Mesmo com esse contratempo, a expectativa é que até o final de junho as vias marginais estejam totalmente liberadas para tráfego, já com pavimentação concluída:
“Talvez com atraso de uma semana, mas até o final do mês a nossa expectativa é de estarmos liberando o tráfego, especialmente pelas vias marginais.”
A reportagem completa está disponível no site do Nossa Voz.