No próximo domingo, 24 de agosto, às 10h, a Igreja de São José, no bairro Barros São José, será o local de uma celebração marcada pela emoção e pela memória. Familiares, amigos e a comunidade de Petrolina se reúnem para recordar dois nomes que ajudaram a escrever a história da cidade e do Sertão do São Francisco: Dr. Geraldo de Souza Coelho, que há sete anos partiu deixando um legado cultural e educacional, e Dr. Osvaldo de Sousa Coelho, que, se estivesse vivo, completaria 94 anos neste mês.
Dr. Geraldo Coelho é lembrado como patrono da Fundação Nilo Coelho, instituição que até hoje mantém viva sua dedicação à educação, à cultura e ao fortalecimento da identidade sertaneja. Sua memória está preservada no Memorial que leva o seu nome, localizado em frente à sede da Fundação e à Igreja Matriz de Petrolina, espaço que convida a comunidade a revisitar sua trajetória e compreender a importância de sua visão humanista e comprometida com as raízes da região.
Já Dr. Osvaldo Coelho deixou um marco indelével na política e no desenvolvimento regional. Advogado de formação, exerceu três mandatos como deputado estadual e oito como deputado federal, além de ter sido Secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1967 e 1971. Ao longo de sua vida pública, tornou-se conhecido pela defesa incansável da irrigação e da educação como instrumentos de transformação social. Projetos emblemáticos, como os de irrigação Nilo Coelho, Bebedouro Maria Tereza e Pontal, têm sua atuação como sustentáculo, assim como a luta pela implantação da Universidade Federal do Vale do São Francisco, conquista que ampliou o acesso ao ensino superior e consolidou Petrolina como polo de conhecimento. Por sua firmeza e dedicação, passou a ser chamado de “braço forte do Sertão”, expressão que traduz a confiança e o reconhecimento de sua gente.
A história de Geraldo e Osvaldo se entrelaça com a de seu irmão Nilo Coelho, governador de Pernambuco entre 1967 e 1971, senador e presidente do Senado Federal. Juntos, os três irmãos ajudaram a moldar o destino do Vale do São Francisco, transformando-o em referência mundial na fruticultura irrigada e em modelo de desenvolvimento para o Semiárido. O legado da família vai além das obras e cargos que ocuparam, pois carregou consigo uma visão de futuro que unia progresso econômico, justiça social e fortalecimento das instituições locais.
A missa promovida pela Fundação Nilo Coelho será, portanto, será um momento de reverência e gratidão, em que a memória de dois gigantes da irrigação e do desenvolvimento regional se renova na lembrança coletiva.
