Os relatos iniciam quase todos da mesma forma: “o relacionamento chegou ao fim, mas o parceiro não aceitava a separação”, disse Marcia Rios Santos, uma das milhares de mulheres assistidas pela Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal de Petrolina. A história de Márcia teve um final feliz. Após três anos, ela concluiu o período de proteção e acompanhamento feito pela Patrulha e hoje se sente segura e segue sua rotina de forma normal.
Com uma escuta humanizada, a Prefeitura de Petrolina segue fortalecendo a rede de enfrentamento à violência doméstica no município também por meio da Patrulha Maria da Penha. Desde sua criação, em 2019, a Patrulha se tornou uma importante referência na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O serviço é coordenado pela Secretaria de Segurança Pública, e atua de forma integrada com outras secretarias municipais, a Vara de Violência Doméstica e Familiar, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), CEAM e demais órgãos da rede de apoio.
A atuação da Patrulha é respaldada pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que completou 19 anos no dia 7 de agosto de 2025, sendo um dos principais marcos no combate à violência de gênero no Brasil. Além disso, a campanha Agosto Lilás reforça a importância da prevenção, da denúncia e da proteção às mulheres. A Patrulha Maria da Penha pode ser acionada pelos números 153 ou (87) 99132-9568 — ambos disponíveis para chamadas de emergência a qualquer hora do dia ou da noite.
Primeira medida protetiva
Márcia Rios relembra como conheceu o trabalho da Patrulha. “A primeira vez que entrei em contato com a Patrulha Maria da Penha foi por meio da minha primeira denúncia quando solicitei a medida protetiva. A partir daí, passei a receber apoio da equipe com as visitas domiciliares”, relatou. Ela destaca que desde o instante que recebeu a primeira visita da Patrulha se sentiu segura. “Essa sensação perdurou de tal forma que ao término da medida protetiva, decidi renová-la. A Patrulha sempre me apoiou e esteve presente em minha residência. Frequentemente ligava para saber se estava tudo bem, se eu estava no trabalho. Mesmo quando alterava meus horários de trabalho, ela (a Patrulha) continuava presente. Preocupava-se com o meu bem-estar, receando que algo pudesse acontecer. Essa atitude gerou uma forte amizade entre nós”, disse.
Com o trabalho da equipe, Márcia conta que perdeu o receio de estar em ambientes externos, algo que causava muita insegurança. “Atualmente, sinto-me mais tranquilo, pois sei que, caso necessite, se qualquer receio ou dificuldade surgir, eles prontamente vêm em meu auxílio. É uma equipe extremamente profissional e eficiente”. Hoje, Márcia aconselha as mulheres que se encontram em situação de violência. “Toda mulher que se sinta ameaçada procure a delegacia e registre uma denúncia. Essa é a maneira de garantir sua segurança e proteção. O medo é o pior conselheiro, pois a sua vida está em risco”, afirmou.