O caminho da vida é feito de escolhas e encontros. Muitos deles trazem acolhimento, aprendizado e crescimento pessoal e profissional, mas também existem as pedras que desviam rotas. Algumas são mais difíceis, principalmente quando tem o contato com substâncias ilícitas, que acabam gerando problemas familiares e sociais. Ainda assim, sempre há uma alternativa, uma oportunidade de recomeço e reconstrução.
Em Petrolina, essa chance é garantida pelo trabalho do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que oferece atendimento especializado em saúde mental, tanto infantojuvenil quanto para pessoas com dependência de álcool e outras drogas. Além do CAPS II, que oferece suporte mais amplo à população.
Integrando essa rede de cuidados, a cidade também conta com as Unidades de Acolhimento Adulto (UAA) e infantil (UAI). Esses espaços oferecem apoio para pessoas em situação de vulnerabilidade social ou familiar decorrente do uso abusivo de álcool e drogas. O acolhimento inclui acompanhamento terapêutico com assistente social, psicólogo e psicopedagogo, além de proteção temporária, que pode durar até seis meses. Estruturadas como residências, as unidades funcionam 24 horas por dia, garantindo cuidado e proteção em ambiente acolhedor.
Quem vive esse processo de acolhimento é o senhor Francisco de Assis Nascimento, carinhosamente chamado de Ninho. Ele chegou a Petrolina ainda criança, e foi trazido pelo pai em busca de uma vida melhor. Aqui construiu laços, formou família e sonhou com um futuro diferente. Mas, no meio do caminho, o vício em drogas o afastou das pessoas que amava e o fez perder quase tudo.
Hoje, aos poucos, Francisco reencontra motivos para acreditar em si mesmo. “Eu cheguei aqui pequenininho, cheio de sonhos, mas conheci o mundo das drogas e me perdi. É uma luta difícil, porque perdi minha família e meus amigos. Eu já passei pelo Centro Pop, pelo CAPS e agora estou acolhido por gente muito boa da UAA. Aqui não é só um teto, é um lugar onde a gente sente que pode recomeçar. Eles cuidam, nos levam para atividades fora da casa, conversam com a gente e mostram que não estamos sozinhos. Hoje, acredito que é possível mudar e voltar a viver em sociedade com dignidade. Eu quero reconstruir minha história”, descreveu.
As Unidades de Acolhimentos ficam localizadas na Rua Maurício de Nassau, s/n, Gercino Coelho.
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Texto: Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde