Obra de mobilidade em Juazeiro traz mudanças no trânsito e exige paciência de motoristas

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A demolição da tradicional banca no centro da cidade abriu espaço para uma das maiores obras de mobilidade urbana já realizadas em Juazeiro. O objetivo é reorganizar o fluxo de veículos e garantir mais fluidez no trânsito, mas, como toda mudança, os primeiros dias têm sido marcados por desafios.

Nossa equipe conversou com o diretor-presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Antônio Vargas, que avaliou as alterações e falou sobre o processo de adaptação da população.

Questionado sobre a reação inicial dos condutores, Vargas disse que a avaliação tem sido positiva:

“Toda mudança gera resistência, mas a mobilidade está acontecendo. A obra é necessária não apenas para Juazeiro, mas para toda a região. Apesar da lentidão, o trânsito está fluindo, e isso é o mais importante”, afirmou.

Segundo ele, a AMTT, em conjunto com órgãos como a PRF e parceiros de Petrolina, tem atuado de forma integrada na sinalização, orientação e fiscalização para minimizar os impactos.

O gestor destacou que, apesar dos estudos técnicos prévios, ajustes foram necessários:

“Na teoria é uma coisa, mas na prática identificamos a necessidade de mudanças. Hoje conseguimos atender também caminhões de hortifrutigranjeiros que seguem para o Norte e Nordeste, além dos veículos que transportam combustíveis. Mesmo com esse volume, sem acidentes, o trânsito flui de forma lenta, mas contínua.”

A reportagem também questionou sobre novas intervenções. Vargas revelou que áreas próximas à ABB estão em estudo para receber melhorias:

“Continuamos monitorando. Nosso maior gargalo são os dois pontilhões que dão acesso ao centro de Juazeiro. Só passa um carro por vez, o que gera retenção. Mas estamos acompanhando diariamente para pensar em soluções.”

O diretor reforçou o pedido de paciência e colaboração da população durante o período de obras:

“Se puder evitar as avenidas Raul Alves e Santos Dumont, evite. Se não tiver como, vá preparado para esperar um pouco mais. Em média, são de 10 a 15 minutos de atraso. O trânsito não depende só da fiscalização, mas também da consciência de cada condutor.”

A obra, considerada “gigantesca” por Vargas, é vista como um investimento estratégico de mobilidade urbana, com reflexos diretos para Juazeiro e Petrolina. Apesar dos transtornos momentâneos, a expectativa é que, no futuro, o tráfego seja mais seguro e organizado para moradores e visitantes da região.