O Brasil tem cerca de 33 milhões de idosos, totalizando quase 16% da população do país. Uma projeção do IBGE aponta que esse número pode subir para 75 milhões em 2070, fato que confirma a tendência de envelhecimento da população brasileira. Essa realidade, aliada ao aumento da expectativa de vida no Brasil, levanta um debate importante sobre a saúde do público 60+. Segundo a fisioterapeuta Carolinne Dantas, especialista em geriatria e gerontologia, as quedas estão entre os acidentes mais comuns e perigosos nessa fase da vida, fato que reforça a necessidade de medidas preventivas para trazer qualidade de vida.
De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada três brasileiros acima dos 65 anos cai pelo menos uma vez por ano. O Dia Nacional do Idoso – também conhecido por ser o Dia Internacional da Terceira Idade – é celebrado desde 1990 em 1º de outubro pela Organização das Nações Unidas (ONU), para sensibilizar a sociedade sobre os desafios do envelhecimento e a importância de cuidar e proteger a população idosa.
As quedas podem ser provocadas por fatores como a redução da força muscular e do equilíbrio; doenças patológicas como Parkinson, diabetes, pressão baixa e demência; e obstáculos físicos, principalmente dentro de casa. De acordo com Carolinne Dantas, a queda traz impactos que vão além da lesão física: compromete a autoestima e a qualidade de vida desses pacientes. Diante disso, a fisioterapia preventiva para idosos é indicada para evitar quedas, lesões e até mesmo o desenvolvimento de doenças crônicas.
“Essa fisioterapia foca em exercícios e orientações para manter a funcionalidade, força muscular, equilíbrio e mobilidade dos pacientes. Os resultados proporcionam aos idosos maior segurança, autonomia, e bem-estar físico e mental”, reforça a especialista em saúde do idoso. O trabalho da fisioterapia preventiva perpassa também pela avaliação de ambiente doméstico e orientação profissional sobre adaptações seguras.
O acompanhamento profissional é fundamental para garantir o bem-estar físico através do trabalho de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças específicas da idade. “Prevenir é o melhor remédio. Ajudar no tratamento e na reabilitação desses pacientes é contribuir para a saúde e a qualidade de vida dos idosos”, explica a especialista que realiza atendimentos domiciliares.
Ascom