Juazeirense é preso no Pará acusado de aplicar golpe de mais de R$ 120 mil e tem prisão convertida em preventiva

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Por Redação — com informações do Portal Preto no Branco

O Tribunal de Justiça do Pará converteu em prisão preventiva a detenção em flagrante do juazeirense Manoel Tenório Rapadura Neto, acusado de estelionato. A decisão foi assinada pela juíza plantonista Mônica Maciel Soares Fonseca, nesta segunda-feira (13).

Segundo a magistrada, a conduta do suspeito revela sofisticação na prática criminosa, com uso de identidade falsa, contratos simulados e promessas fraudulentas, além do envolvimento de terceiros para dar aparência de legalidade aos atos. A juíza acatou o pedido da autoridade policial e justificou a conversão da prisão por entender que há risco à ordem pública e possibilidade de reiteração criminosa.

“Defiro a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva de Manoel Tenorio Rapadura Neto”, determinou a juíza, destacando a necessidade de garantir a instrução do processo e assegurar a aplicação da lei penal.

O acusado deve ser apresentado ao Juiz de Garantias da Região Metropolitana de Belém para a realização da audiência de custódia, prevista para a manhã desta terça-feira (14).

De acordo com informações apuradas pelo Portal Preto no Branco, Manoel foi preso em Belém (PA) após denúncia feita por Márcio Ivan Lopes Ponte de Souza, diretor do Governo do Estado do Pará e da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

Em depoimento à Polícia Civil, Márcio contou que conheceu o acusado no dia 3 de outubro, em um restaurante na capital paraense. Manoel teria se apresentado como representante do governo da Bahia e membro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, afirmando que atuava na organização de eventos oficiais, incluindo a COP 30, que será realizada em Belém.

O suspeito teria convencido a vítima a firmar um suposto contrato de locação de imóveis e veículos no valor de R$ 275.550,00. Em seguida, Manoel teria solicitado adiantamentos financeiros para garantir o local do evento, prometendo devolver os valores assim que recebesse R$ 800 mil do governo baiano — informação que, segundo a polícia, não procede.

Conforme o depoimento, a vítima realizou diversas transferências bancárias indicadas por Manoel, totalizando cerca de R$ 120 mil. O acusado chegou a pedir ainda um empréstimo pessoal de R$ 40 mil, alegando que o dinheiro seria usado para liberar recursos “bloqueados” no Banco do Brasil.

Durante o convívio, Manoel chegou a dormir na casa da vítima e foi apresentado a autoridades locais, afirmando representar o governo da Bahia e a comitiva da Consulesa de Luxemburgo.

Após o último repasse de R$ 40 mil, Márcio Ivan desconfiou do golpe quando o acusado desapareceu. Ele foi localizado por meio de um motorista que também havia sido vítima do esquema.

Manoel Tenório foi preso em flagrante e levado à delegacia, onde o caso foi formalizado. O Tribunal de Justiça do Pará determinou a manutenção da prisão para garantir a continuidade das investigações.