Saúde de Petrolina amplia rede de atendimento com novas UBS, mutirões e hospital oftalmológico

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Da atenção básica à alta complexidade, a saúde pública de Petrolina passa por uma série de investimentos e ampliações que prometem transformar o atendimento à população. A Prefeitura tem apostado em ações que vão desde a construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) até a chegada do Hospital Altino Ventura, referência em oftalmologia, além de mutirões e campanhas de prevenção que envolvem toda a rede municipal.

Para detalhar essas mudanças, o Nossa Voz conversou com o secretário municipal de Saúde, João Luís Nogueira, que destacou os avanços e os desafios enfrentados pela gestão. Segundo ele, a nova fase da saúde em Petrolina tem foco na descentralização e no acesso, garantindo que mesmo as comunidades mais distantes recebam atendimento contínuo e de qualidade.

“A gente já tinha sete laboratórios contratualizados com o município de Petrolina, todos com tabela 100% SUS. Tivemos, sim, dificuldade nessa transição de um contrato antigo para um novo, mas já em agosto demos início à nova contratualização, e a normalidade está voltando. Esses exames são fundamentais para o diagnóstico e o acompanhamento de doenças crônicas”, explicou o secretário.

João Luís detalhou ainda que os critérios de prioridade continuam sendo respeitados, com foco em gestantes, idosos e pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Atualmente, segundo ele, os exames laboratoriais estão sendo realizados nas 58 unidades básicas de saúde do município.

Apesar de ressaltar que os mutirões não são a melhor alternativa, o secretário reconheceu que, em alguns casos, são indispensáveis para atender a demanda reprimida em bairros populosos.

“Mutirão não é o ideal, porque envolve custos e horas extras, mas é necessário. No bairro José e Maria, por exemplo, tínhamos mais de 300 pessoas aguardando exames laboratoriais. O prefeito Simão acompanhou de perto as ações e pediu que intensificássemos o atendimento. O importante é que a fila está diminuindo e o serviço voltando à normalidade”, afirmou.

Outro ponto destacado pelo secretário foi a ampliação dos serviços especializados. Segundo João, em breve, Petrolina contará com o Hospital Altino Ventura, que será referência em atendimento oftalmológico para toda a região do Vale do São Francisco. Além disso, o Hospital Municipal de Petrolina já ultrapassa 100 mil procedimentos realizados, consolidando-se como um dos principais equipamentos do SUS no interior pernambucano.

“Estamos investindo em programas que aproximam o cidadão da saúde. Um deles é o Cuida Mais Mulher, que leva pacientes do interior de Petrolina para consultas ginecológicas e mamografias. Agora em dezembro, vamos lançar uma nova edição do programa, beneficiando mulheres de comunidades como Uruai, Simpatia, Caititu e Baixa Verde. É um serviço que garante acesso a quem vive longe do centro”, detalhou Nogueira.

O secretário destacou ainda que as melhorias chegam também às áreas rurais. Segundo ele, as UBS de localidades como Caititu está passando por reformas e requalificação, garantindo estrutura adequada e presença de médicos e enfermeiros mesmo em áreas de difícil acesso.

“É bonito ver o SUS acontecendo a 100 km da cidade, em estrada de chão batido, com médico, enfermeiro e ambulância à disposição da população. Isso mostra que a saúde de Petrolina está chegando aonde antes era difícil chegar”, ressaltou.

Em termos de investimento, João Luís revelou que a Secretaria de Saúde é a segunda pasta com maior volume de recursos na gestão municipal, ficando atrás apenas da Educação — que deve investir quase R$ 1 bilhão. Com novas possibilidades de repasse federal, a pasta também se prepara para ampliar os serviços itinerantes, como a mamografia móvel, que deve receber aporte de cerca de R$ 800 mil.

“A saúde é bancada majoritariamente pelo município. A cada R$ 100 investidos no SUS em Petrolina, R$ 54 vêm da Prefeitura, R$ 46 do Estado e R$ 45 do Governo Federal. Mesmo assim, continuamos expandindo e garantindo acesso. Essa é a missão: fazer a saúde chegar a todos”, concluiu o secretário.