No bairro Dom Avelar, em Petrolina, os moradores da Rua Ametista vivem uma rotina de improvisos e reclamações que já dura mais de um mês. O problema começou no início de outubro, quando a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou uma manutenção no sistema de abastecimento que deveria durar 20 dias. O prazo, porém, foi ultrapassado, e até agora a água não voltou às torneiras.
Sem uma justificativa clara sobre o atraso, as famílias precisam buscar alternativas. Muitas dependem da solidariedade de parentes e vizinhos para conseguir baldes ou caixas d’água e garantir o mínimo para as necessidades básicas.
“Já estamos há mais de um mês sem água. Dependemos de parentes para pegar baldes e encher reservatórios. A Compesa informou que seria uma manutenção de 20 dias, mas já passou do prazo e nada foi resolvido”, conta a moradora Raíla, que vive na rua há mais de cinco anos.
A situação tem causado desgaste entre os moradores, que enfrentam dias quentes e longas jornadas de trabalho sem poder contar com o abastecimento regular.
“É uma falta de respeito. A gente sai cedo, chega cansado e não tem água nem pra tomar banho ou encher uma garrafa. Nos fins de semana, então, não chega uma gota”, desabafa Tatiane Campos, também moradora da Ametista.
Além da falta de água, o acúmulo de lixo em alguns pontos do bairro também preocupa os moradores. Embora a coleta ocorra três vezes por semana, há áreas que continuam sujas, especialmente próximas à Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade.
A líder comunitária Eliete explica que já levou as demandas às autoridades, mas o problema persiste.
“A coleta acontece regularmente, mas há terrenos e áreas próximas à UBS que precisam de uma limpeza mais frequente. Quando chove, a entrada da unidade fica comprometida. Pedimos ao poder público que realize essa limpeza e à população que evite jogar lixo nas ruas”, reforça.
