Dança das cadeiras: suplentes e vereadores eleitos se movimentam na Câmara de Petrolina em meio a estratégias políticas

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Os bastidores da Câmara Municipal de Petrolina voltaram a se agitar. Nos corredores da Casa Plínio Amorim, os sinais de mudanças na composição do Legislativo ganham força e revelam articulações políticas que podem redefinir posições e estratégias tanto do governo quanto da oposição.

Uma das movimentações envolve o vereador licenciado e atual diretor-presidente da AMMPLA, Edilson Leite (Edilsão do Trânsito). Após o desgaste gerado pelas recentes manifestações dos motoristas de aplicativo e a pressão pela revogação da lei que regulamenta o serviço, Edilsão teria procurado o presidente da Câmara, Osório Siqueira, para manifestar a intenção de retornar ao mandato. Caso o pedido se concretize, o suplente Rogério Passos deixaria o cargo, abrindo caminho para a nomeação de Paulo Valgueiro no comando da autarquia municipal de mobilidade.

Já o vereador Major Enfermeiro pode seguir na direção contrária. Ele estuda deixar o Legislativo para assumir uma assessoria especial na prefeitura, o que permitiria o retorno de Wenderson Batista (Pé de Galo) à Câmara. O reencontro reacenderia um duelo antigo com o líder da oposição, Gilmar Santos, cujas discussões no plenário já entraram para a história — marcadas por trocas de farpas e expressões que foram registradas em ata, como quando Santos chamou o colega de “excremento parlamentar” e recebeu de volta as alcunhas de “membro de facção” e “mentiroso”.

Superados — ao menos em aparência — esses embates, os dois antigos protagonistas agora apostam em uma convivência mais madura. Ainda assim, o retorno de Pé de Galo promete dar novos contornos ao debate político na Casa do Povo, onde as movimentações estratégicas já indicam que o ano legislativo deve encerrar em clima de rearranjo.