A seleção para o programa Minha Casa, Minha Vida em Petrolina entrou em uma fase decisiva. Após a análise inicial das inscrições, mais de 21 mil famílias seguem para a etapa de hierarquização, momento em que o Governo Federal e o município organizam os candidatos conforme critérios sociais que definem quem terá prioridade no acesso às 200 unidades habitacionais do Residencial Dom Avelar I.
Para detalhar o que muda a partir de agora, quem tem prioridade e como funciona o desempate, o secretário executivo de Habitação de Petrolina, Wilky Libório, explicou os próximos passos do processo.
“Estamos chegando às etapas decisivas do fluxo de seleção do programa Minha Casa, Minha Vida. As famílias consideradas elegíveis, ou seja, aquelas que atenderam aos critérios após a análise inicial, agora estão na fase de hierarquização. É o momento em que o sistema define a ordem de classificação dessas mais de 21 mil pessoas para as 200 unidades do Residencial Dom Avelar I”, afirmou o secretário.
Wilky explica que o próprio Governo Federal estabelece cotas e prioridades sociais que orientam o ranqueamento. “Cinquenta por cento das unidades, ou seja, 100 apartamentos, são reservados para famílias que recebem o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou que têm algum membro com microcefalia. Além disso, há percentuais destinados a pessoas idosas — aquelas com 60 anos ou mais — e também a pessoas com deficiência. Esse é o grupo das cotas. A partir daí, o sistema passa a observar outras prioridades para classificar os candidatos.”
Uma das dúvidas mais comuns entre os inscritos é sobre o Cadastro Único (CadÚnico). Informações desatualizadas podem afetar diretamente o resultado. “Informações desatualizadas podem, sim, prejudicar a pontuação de uma família. Todo o processo é automatizado, realizado através de um sistema que cruza dados com o CadÚnico. Se houver divergência nas informações, o sistema pode interpretar como erro e tornar o candidato inelegível. Por isso, era fundamental que o cadastro estivesse atualizado até o dia 26 de setembro, data de encerramento das inscrições”, alertou.
O perfil das famílias que avançaram para esta etapa também revela aspectos sociais importantes. “Identificamos um número elevado de mulheres na condição de chefes de família. Isso reflete o que a política do CadÚnico já prioriza, e é também um dos critérios de prioridade do Ministério das Cidades. Esse dado mostra que muitas mulheres estão à frente dos lares e buscam no programa a chance de garantir moradia digna para suas famílias”, destacou Wilky.
Sobre o processo de desempate, o secretário explicou que há uma sequência de critérios definida pelo Governo Federal. “Entre os critérios de prioridade estão mulher chefe de família, pessoa idosa, pessoa com deficiência, pessoas negras, indígenas e quilombolas. Caso haja empate, o primeiro critério considerado é o de maior idade. Persistindo o empate, são observadas a renda e o somatório dos critérios de prioridade descritos na Portaria 738 de 2024 do Ministério das Cidades. Todo o processo é transparente e segue rigorosamente as regras federais, evitando qualquer tipo de injustiça.”
A boa notícia é que a divulgação da lista de hierarquização já tem data marcada. “Na segunda-feira, dia 17, vamos divulgar o ranking completo. Serão 200 pessoas contempladas diretamente e mais 60 no cadastro reserva, o que representa 30% do total, conforme prevê a portaria. A lista será enviada para a Caixa Econômica Federal, que fará a etapa seguinte, chamada de enquadramento dos candidatos”, anunciou o secretário.
Quem ficar no cadastro de reserva também deve permanecer atento. “Pode acontecer de pessoas da lista principal não cumprirem algum requisito durante a análise da Caixa. O banco tem acesso a sistemas como o FGTS e registros imobiliários. Caso seja identificado que alguém já foi beneficiado ou possua imóvel em seu nome, esse candidato é desclassificado, e então chamamos quem está no cadastro reserva”, explicou Wilky.
Ele reforçou que o processo é conduzido com total transparência. “Nosso objetivo é garantir que as famílias que realmente precisam sejam atendidas dentro das regras e com clareza. Essa etapa é técnica, criteriosa e segue todas as diretrizes do Governo Federal. O sonho da casa própria está cada vez mais próximo para muitas famílias de Petrolina”, finalizou.



