O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR) divulgou uma nota pública após a entrevista concedida por Leninha, candidata da Chapa 2, ao Nossa Voz na sexta-feira (7). Na mensagem enviada à imprensa, a entidade classificou as declarações da adversária como “rumores”, “declarações irresponsáveis” e tentativas de “descredibilizar um trabalho sério e transparente”.
De acordo com o sindicato, todas as contas e despesas são aprovadas em assembleia e auditadas conforme o estatuto, e as recentes insinuações sobre supostos gastos seriam exemplos claros de desinformação. A direção também criticou o uso do processo eleitoral como palco de acusações, afirmando que isso demonstra “desespero de quem perdeu espaço dentro da categoria”.
O STTAR destacou ainda que, nos últimos quatro anos, o número de associados teria crescido de 1.500 para mais de 10 mil, o que considera “um salto histórico” e prova do reconhecimento da categoria ao trabalho desenvolvido pela atual gestão. A nota também afirmou que ex-dirigentes “fora do processo por decisão legítima” estariam tentando atacar a credibilidade da entidade, mas que as medidas judiciais cabíveis já estão em andamento.
A direção reforçou que o processo eleitoral, previsto para ocorrer em 25 de novembro, segue normalmente e é conduzido por uma comissão eleita pelos próprios assalariados rurais.
As críticas da Chapa 2 foram feitas por Leninha durante entrevista ao Nossa Voz. Ela voltou a questionar decisões da atual diretoria em negociações coletivas recentes. Segundo a candidata, na negociação de dois anos atrás o patronato teria oferecido uma cesta básica de R$ 70 aos trabalhadores, mas a gestão atual teria aceitado substituir o benefício por uma diária destinada ao cofre do sindicato e das federações. “O trabalhador já paga mensalmente e ainda tem desconto em setembro. Isso é desrespeito”, afirmou.
Leninha também rebateu a narrativa de que sua gestão anterior teria deixado pendências. Para ela, as críticas não procedem, pois “são as mesmas pessoas que estão há oito anos no sindicato, repetindo promessas vazias”. A candidata afirmou que sua atuação é voltada para “defender o trabalhador, não o interesse de grupo”.
A disputa pela presidência do STTAR segue acirrada e judicializada, expondo divergências internas em uma das principais entidades representativas do Vale do São Francisco.



