Moradores do Caminho do Sol denunciam aumento de arrombamentos e uso de casas abandonadas por criminosos em Petrolina

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Moradores do bairro Caminho do Sol, na zona urbana de Petrolina, relataram preocupação crescente com a falta de segurança na comunidade. Segundo relatos, casas abandonadas estão sendo usadas como abrigo e ponto de observação por criminosos, facilitando furtos, arrombamentos e a circulação de suspeitos durante o dia e a noite. Um locais arrombados recentemente foi o antigo CAPS do bairro.

De acordo com os moradores, a rotina tem sido marcada pelo medo e pela sensação de vulnerabilidade. Dona Isabel Amorim, que mora na Rua do Amarelo, contou que sua casa foi alvo de invasão no fim de semana. “Essas casas abandonadas viram esconderijo. Eles observam tudo: a hora que a gente sai, que chega. Invadiram uma casa vizinha, ficaram lá monitorando e depois entraram na minha para furtar uma bicicleta. Só não levaram mais coisas porque os cachorros acuaram o suspeito”, relatou.

Ela afirmou que a comunidade paga um vigilante particular, apesar de entender que a segurança é responsabilidade do Estado. “A gente precisa de rondas ostensivas, principalmente à noite. Mesmo com vigilante, o medo é grande.”

Outro morador, o senhor Cerqueira, destacou que o uso dos imóveis abandonados também está associado à presença constante de usuários de drogas. “A gente nem consegue andar tranquilo na rua. Fica sempre com medo de represália. As autoridades precisam tomar uma providência.”

Já dona Marlene contou que sua residência foi arrombada várias vezes. “Eles guardam o que roubam nessas casas abandonadas e vigiam a gente o tempo todo. A sensação é de estar cercada.”

Os moradores cobram ações imediatas, como aumento das rondas da Polícia Militar e presença mais frequente da Guarda Civil Municipal em toda a área.

A situação de insegurança em Petrolina não se limita ao Caminho do Sol. Caminhoneiros que aguardam para descarregar no Atacadão, no Jardim Amazonas, também relataram furtos recorrentes durante a madrugada. Segundo Augusto Estevão, que trabalha realizando entregas na região, a área destinada aos motoristas é vulnerável.

“Não temos onde ficar. Passamos o dia no sol e à noite não conseguimos dormir, porque eles arrombam a cerca e roubam nossas coisas. Fui vítima e mais seis amigos também. Aconteceu quinta-feira, depois no sábado e novamente ontem. É sempre o mesmo grupo”, disse.

Ele afirma que o estacionamento externo não conta com a mesma segurança do interior do estabelecimento. “Tem vigilante, mas ele cuida só da parte de dentro. Quem está de fora fica à mercê.”

A orientação das autoridades é que vítimas registrem boletim de ocorrência, presencialmente na Delegacia de Polícia Civil ou pela internet, para que os casos entrem nas estatísticas e reforcem a necessidade de atuação policial na área.

A Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre a demanda dos moradores e dos caminhoneiros.

A Secretaria de Segurança Pública informa que o serviço municipal não funciona mais nesse endereço e que a preservação e segurança do imóvel é de responsabilidade do prioprietário. A secretaria reforça que a Guarda Cvil Municipal realiza o patrulhamento e o monitoramento em diversas áreas do município e em locais que abrigam os equipamentos públicos. Além disso, a secretaria reforça o número oficial da Guarda, o 153 e o novo número de WhatsApp (87) 3983-7150 que permanecem à disposição da comunidade para o registro de denúncias ou comunicações de qualquer ato que atente contra a integridade dos cidadãos ou do patrimônio público.