Em entrevista coletiva concedida durante a confraternização com a imprensa nesta terça-feira (02), o presidente da Abrafrutas e assessor especial da governadora Raquel Lyra, Guilherme Coelho, fez um balanço das ações no setor produtivo e comentou temas políticos que movimentam o cenário regional e estadual.
Inicialmente, Coelho destacou o lançamento do selo ESG da Abrafrutas, iniciativa apresentada na última semana em evento nacional com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e da diretora da Codevasf, Alessandra Vieira. O selo, segundo ele, alinha a fruticultura brasileira às exigências internacionais de sustentabilidade.
“O mundo antes era pautado por teses. Hoje fala três letras: ESG — ambiental, social e governança. A Abrafrutas se antecipa e cria esse selo, que vai abrir cada vez mais portas para a gente no exterior”, afirmou.
Ao comentar o ranking divulgado pela revista Exame, que colocou Petrolina como a melhor cidade do país para fazer negócios no agronegócio, Guilherme disse receber a notícia “com muita felicidade” e atribuiu o resultado ao conjunto do setor produtivo. “Isso é o trabalho de muitos: agricultura familiar, grande e médio produtor, comércio, serviços. Eu costumo dizer que isso aqui é o futuro do mundo. Não é qualquer lugar que tem sol o ano todo e água com uso racional, como a gente faz aqui”, destacou.
Ele também antecipou que estará em São Paulo no dia 3 de dezembro, quando associações do setor serão premiadas em evento da ApexBrasil e da revista Exame: “A gente vai trazer notícia boa essa semana”.
Questionado sobre o cenário político, Guilherme Coelho voltou a declarar confiança no projeto da governadora Raquel Lyra e defendeu seu estilo de gestão. “Ela sabe o que faz e sabe o que quer. No primeiro ano, organizou a casa, juntou dinheiro e agora está entregando. Ela pega obras esquecidas há 15 anos, coloca dinheiro bom em cima de dinheiro perdido e transforma em infraestrutura. Ela está de parabéns”, afirmou.
Sobre pesquisas que colocam João Campos à frente de Raquel, ele relativizou. “Política é uma construção. Existe o chamado ‘fato novo’, como antigamente no jornal que a gente comprava na banca. O que ela está fazendo é reconstrução. E as entregas estão chegando.”
Guilherme citou prefeitos da região que aderiram ao grupo da governadora — Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Cabrobó — como sinais da expansão da base no Sertão.
Ao ser provocado sobre uma possível candidatura em 2026, Guilherme usou uma frase frequente nas conversas políticas do Vale. “Se Osvaldo Coelho estivesse vivo, diria: 2026 só se trata em 2026.”
Mesmo assim, admitiu que avalia cenários e conversas: “A gente vai ver, vamos analisar, e vai dar certo.”
