Dezembro é o mês da campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para estimular a prevenção e o combate ao câncer de pele. Desde 2016, o Hospital Universitário de Petrolina apoia a causa e colabora com a realização de um mutirão de consultas ambulatoriais gratuitas para pacientes com suspeita da doença. Este ano o mutirão está marcado para o dia 07 de dezembro, das 9h às 15h, na Policlínica do HU, localizada na rua André V. de Negreiros, s/n, bairro Maria Auxiliadora.
As pessoas que tiveram algum tipo de lesão ou mancha suspeita na pele poderão comparecer para passar pela avaliação dos profissionais. Não é necessário marcar antecipadamente a consulta.
O evento vem sendo organizado pela médica dermatologista do HU, Paulyane Ramos, e contará com a colaboração de outros dermatologistas e residentes, além de estudantes de medicina da Univasf. Todos trabalharão de forma voluntária.
No ano de 2018, 254 pessoas foram atendidas, destas, 14,9% apresentaram a doença. A maioria dos pacientes (66,14) afirmou que costuma se expor à luz solar sem proteção.
“O melanoma costuma se manifestar através de manchas ou pintas, com bordas irregulares, que mudam de cor ou tamanho e que podem sangrar. Já em relação aos outros tipos câncer de pele, são sempre lesões que não cicatrizam, muito mais comuns na face. De repente, surge aquela lesão que começa a sangrar espontaneamente. Quem apresentar sinais com essas características deve procurar um médico. ”, explicou Paulyane Ramos.
Mais sobre o câncer de pele
O câncer da pele é o mais comum entre todos os tipos de câncer. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos, representando cerca de 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil.
Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco maior de desenvolver a doença. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando um crescimento anormal e descontrolado das células que a compõem. Essas alterações celulares podem levar ao câncer.
Existem três tipos de câncer de pele:
Carcinoma basocelular (CBC) – É o mais comum entre os tipos de câncer de pele. Costuma surgir em regiões mais expostas ao sol. Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Carcinoma espinocelular (CEC) – Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. A exposição ao sol não é a única causa do CEC, pois, alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas, cicatrizes na pele e exposição a agentes químicos ou à radiação.
Melanoma – É o tipo menos frequente de câncer de pele. Segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. A detecção precoce aumenta as chances de cura em mais de 90%. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
Pessoas de pele clara têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, pigmento que dá cor à pele. A hereditariedade também desempenha um papel central no desenvolvimento desse câncer.