Na tarde desta terça-feira (03), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles veio à Petrolina, no Sertão pernambucano, para acompanhar o desembarque de 52 ararinhas-azuis, repatriadas da Alemanha. Os bichos, extintos no Brasil, seguiram para o Centro de Reprodução e Reintrodução das Ararinhas-Azuis construído em Curaçá, na Bahia.
As 28 fêmeas e 24 machos, com até 26 anos de idade, vieram num voo fretado no Dia Internacional da Vida Selvagem. A data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2013, para celebrar a fauna e a flora mundial, além de alertar sobre os perigos do tráfico de animais.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Homero Cerqueira falou sobre o processo de repatriação das aves na Caatinga. “Essa é a fase de conclusão. Nós entramos em contato com a associação que tem as espécies em cativeiro. (…) Em 2019, nós firmamos um acordo de cooperação com a ACTP (Conservation of Threatend Parrots), e o Martin (Guth – presidente da instituição alemã), fez as obras em Curaçá, onde elas vão ficar”.
Em solo baiano, as aves agora ficam em quarentena, conforme explicou o analista ambiental da Coordenação de Ações Integradas para Conservação de Espécies do ICMBio, Ugo Vercillo. “Para primeiro confirmar que elas estão saudáveis e estarão saudáveis para serem introduzidas à natureza, bem como não apresentam nenhum risco às espécies silvestres”.
Presença do ministro do Meio Ambiente
Depois do desembarque das ararinhas, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles falou com a imprensa e lembrou que a extinção da espécie no Brasil tem relação direta com a falta de educação ambiental. “Nós chegamos a essa situação de quase extinção graças a uma questão de comportamento da sociedade. Quer seja daqueles que praticaram ou permitiram que se praticasse medidas que contribuíram pra extinção ou quase extinção da espécie”, destacou.
O Nossa Voz questionou o ministro sobre outras ações do governo Bolsonaro voltadas para a preservação da Caatinga. Ele destacou que “todo o trabalho contra a desertificação é importante e o fomento da parte de educação ambiental, de atividades compatíveis sustentáveis, tudo isso é importante .Tendo inclusive, prazos e metas a serem cumpridas”, salientou Salles.
Recepção em Petrolina
Antes da coletiva, o ministro Ricardo Salles almoçou com a vice-prefeita de Petrolina, Luska Portela e com o ex-deputado federal Guilherme Coelho. O atual vice-presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas (Abrafrutas) destacou que o governo deve ajudar o Vale no São Francisco no desenvolvimento sustentável e que ações já estão sendo consolidadas.
“O ministro tem planos, tem projetos, com data, com orçamento. O que é muito importante. Eu sou hoje o vice-presidente da Abrafrutas e nós queremos plantar, nós queremos exportar, nós queremos gerar renda, gerar emprego. Mas tudo isso com sustentabilidade”, pontuou Guilherme Coelho.