Até a última sexta-feira (03/04), o número de casos confirmados do coronavírus no Brasil chegou a 9.056, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. A taxa de mortalidade da Covid-19 subiu de 3,8% para 4%, e o total de óbitos é de 359.
A incidência da doença em território brasileiro é de mais de 4 casos por 100 mil habitantes. Por estado, o Distrito Federal lidera o ranking de incidência mais de 13 casos por 100 mil habitantes. O DF fica à frente até mesmo de São Paulo, que aparece na segunda posição, com quase 9 casos por 100 mil habitantes.
Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a maior taxa na capital federal se dá pela grande circulação de pessoas na cidade, em voos domésticos e internacionais.
“Brasília, pelo fato de inúmeros voos internacionais e domésticos, voos de São Paulo, voos do Rio o dia inteiro para cá… Quando o Congresso está aberto, quando ela está efervescente, é uma cidade cosmopolita. Por isso Brasília também tem um índice elevado”.
O boletim apontou ainda que ocorreram 1.146 registros confirmados da Covid-19 até esta sexta-feira (03/04), o que representa aumento de 15% em relação ao acumulado até a utima quinta-feira (02/04). Na evolução dos óbitos, foram 60 confirmados do dia 2 de abril até o último levantamento divulgado pelo Ministério da Saude.
No cenário detalhado de óbitos por coronavírus no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 85% das vítimas tinham mais de 60 anos, e 82% apresentavam pelo menos um fator de risco. Das 359 mortes, 286 estão com investigação concluída.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a defender o distanciamento social. Segundo o titular da pasta, a medida é importante para evitar que surtos da Covid-19 ocorram ao mesmo tempo em grandes centros urbanos.
“O que a gente quer evitar? Que nós tenhamos grandes centros, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, capitais na orla, com surtos, brotes epidêmicos em paralelo, ao mesmo tempo. Realmente seria muito difícil. Então esse somatório de ações para diminuir a mobilidade é muito importante”.
O governo federal autorizou o repasse de mais R$ 9,4 bilhões para a rede pública de saúde com o objetivo de fortalecer o combate ao coronavírus. O montante se soma aos R$ 5 bilhões já destinados por meio de Medida Provisória em março.