A Polícia Civil montou uma unidade móvel para atender as vítimas de agulhadas no carnaval de Recife e Olinda. A unidade foi instalada no Hospital Correia Picanço do Recife. A unidade está apenas aguardando a ligação da energia. Por enquanto há uma viatura disponível para as vítimas serem levadas à Central de Plantões da Capital (Ceplanc) para registrarem o Boletim de Ocorrência e fazerem o retrato falado.
O inquérito sobre o caso foi instaurado desde o sábado (2) pela Ceplanc, mas até o momento, de acordo com chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, nenhuma das vítimas fez o registro. “Em Pernambuco não há nenhum registro até o momento deste tipo de ocorrência”.
O Hospital Correia Picanço é referência estadual no tratamento de doenças infecto-contagiosas. Localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, tem recebido uma alta demanda de pessoas em busca de fazer o exame de profilaxia, uma vez que várias pessoas foram furadas por agulhas neste Carnaval.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) é fundamental procurar um hospital durante um prazo máximo de três dias. “O mais recomendado é tomar com duas horas após a exposição e o tempo limite é 72 horas”.
O último balanço de secretaria registrou 108 ataques por agulha às pessoas do último sábado (4) até esta quinta-feira (7). “Na primeira vez foi na Pitombeira, no fim da tarde. Na segunda vez foi na rua do Bonfim, já de noite”, conta Carla*, se sentindo angustiada.
As vítimas que não querem se identificar relatam que as picadas ocorreram durante períodos de bastante aglomeração. “Inicialmente eu achei que era cigarro ou alguma fantasia pontiaguda, mas ao ver na mídia sobre os casos, resolvi procurar e fazer o exame logo”. Os casos ocorreram tanto no Recife, no Marco Zero, como em Olinda. (com informações Folha PE)