Apesar das manifestações na cidade pedindo a reabertura do comércio, o prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim reafirmou ainda não ter data prevista. Em coletiva virtual realizada nesta segunda-feira (06), o gestor apontou o crescimento acelerado de contágios no mês de junho, principal motivação para a interrupção do plano gradual de retomada econômica da cidade.
“Sempre apontei que, se por acaso, o número de ocupação de leitos passasse dos 70%, nós reavaliaríamos o funcionamento do comércio”, argumentou Bomfim, complementando que até este domingo (05), Juazeiro tinha 920 casos confirmados da Covid 19. Antes da flexibilização da quarentena a cidade chegava a 600 confirmações.
Novos leitos
Em consequência disso, o prefeito apresentou as novas medidas para atendimento à população. Serão implantadas na Unidade de Pronto Atendimento mais 30 leitos intermediários e dois intensivos para pacientes com complicações causadas pelo novo coronavírus. Um processo de seleção simplificado vai garantir o aumento dos profissionais que atuam no local.
O Governo do Estado também contratou mais 44 leitos intermediários, sendo 20 no Hospital Pró Matre e 24 no Hospital Regional de Juazeiro. Apesar das novas vagas não serem de uso exclusivo da população local, a expectativa da gestão é evitar a transferência dos juazeirenses para unidades pactuadas na região.
Manifestações
A respeito das manifestações que estão acontecendo na cidade, Paulo Bomfim, afirmou compreender os motivos dos empresários, porém destacou que não poderia agir diferente. “Eu me solidarizo com os comerciantes, tenho a preocupação com os desempregos. Mas hoje a oferta do sistema de saúde atende a população, porém é necessário ampliar. (…) Não vou autorizar a abertura do comércio sem estrutura na cidade. Proteger a vida das pessoas é prioridade”, justificou. O decreto que prevê a interrupção dos serviços não essenciais segue em vigor até o dia 12 de julho.
