Um acordo entre as associações que representam os profissionais de saúde dentro do funcionalismo público municipal de Petrolina, busca um ajuste sobre a Portaria do Ministério da Saúde n° 2.358 assinada em 02 de setembro de 2020. A partir dela, será pago um incentivo financeiro em caráter excepcional e temporário para os servidores convocados para realizarem o rastreio e monitoramento das pessoas que tiram contato com casos confirmados da covid-19.
O repasse previsto em R$ 528 mil, deve chegar ao município em outubro, mas será pago em três parcelas (de outubro até dezembro) para 88 profissionais. O valor total pago individualmente para esses trabalhadores seria de R$ 6 mil. Nesse contexto, o Sindicato dos Servidores Municipal de Petrolina (Sindsemp) propõe a Secretaria de Saúde local é que o recurso enviado pelo governo federal seja rateado pelos mais de mil profissionais aptos a integrarem equipe para qual os valores seriam destinadas.
“Uma condição mínima de justiça, porque a portaria se torna injusta por não incluir outras ocupações que atuam na área da saúde. Outras categorias que não estão previstas na portaria, mas estão diretamente ligadas as condições desse rastreio e monitoramento. Até mesmo em prestar esse serviço para a população. A despeito dos nossos serviços, auxiliares técnicos administrativos que permanecem nas recepções dessas unidades, porta de entrada dos serviços de saúde. Os companheiros que estão na Vigilância Epidemiológica que produzem um monitoramento das notificações que devem ser compiladas, registradas e encaminhadas ao E-Sus Notifica. Então, uma série de profissionais também não foram cobertos pela portaria que foi falha, muito falha nessa situação”, argumentou Walber Lins, presidente do Sindsemp.
Sendo assim, para o sindicalista, fazer o rateio entre todos os presentes na Classificação Brasileira de Ocupações, prevista pela portaria do ministério da saúde é corrigir o erro da gestão nacional. “O recurso foi feito num cálculo que não contempla Petrolina como um todo. Pelo contrário, buscou dar uma ajuda de uma forma que não foi orientada e houve mais injustiça dentro dessa situação. Todo recurso é bem-vindo desde que seja bem orientado e bem aplicado. Então, para vir um recurso que vai gerar mais uma situação dentro do município não é uma política de valorização, de reconhecimento àquele que está trabalhando na linha de frente do combate a essa pandemia que inclusive já levou companheiros nossos profissionais de saúde”.