Em meio ao debate sobre vereadores que assumem obras em comunidades pelas quais não trabalharam rendeu uma grave denúncia no plenário da Câmara Municipal. De acordo com o vice-presidente da mesa diretora da casa, Ronaldo Cancão, o nível rasteiro da campanha eleitoral deste ano tem produzido uma sequências de desrespeitos comprometendo inclusive as relações pessoais e laços de amizades construídos aos longo dos anos.
“Eu quero fazer um simples comentário e desabafo: A política ainda é a arte do respeito. Ainda existe muita demagogia e agressões pessoais numa campanha. Lembrem-se que a política passa e ficam as pessoas, fica o círculo de amizade. Mentiras, agressões aos companheiros… Eu gostaria de fazer um apelo a essa casa, a política não é o que vale tudo não. A política é a idoneidade, o respeito e o trabalho. São diversas, agressões, mentiras, calúnias a vereadores de mandato. Vocês terão sempre o meu respeito”.
Compra de voto
Entretanto, esse ainda não seria o problema mais grave. Ainda durante seu discurso, Ronaldo Cancão chamou a atenção do Ministério Público de Pernambuco sobre uma suposta troca de votos por terrenos em uma área não revelada da cidade.
“A política ainda é o respeito, o respeito mútuo, porque depois ficam as sequelas. Vereador prometendo terreno que não tem. Querendo comprar votos com terrenos e quero chamar a atenção do MP (Ministério Público), senhor Lauriney, promotor de Justiça. (Tem gente) fazendo um leilão de terreno para produzir votos. Esse é o voo rasteiro. Vereador não trabalhou, não passou aqui quatro anos defendendo o interesse da sociedade e agora quer construir ilusão para enganar a sociedade”.
Por fim, Cancão chegou a dar pistas sobre o autor dessa conduta reprovável, porém não revelou a identidade do delatado. “Regularização fundiária foi lá atrás, regularização fundiária será no futuro. Tinha pré-candidato a vereador em troca de apoio por um terreno. É grave”, classificou.