Wenderson entra na disputa pela presidência da Câmara e manda recado: “O choro é livre”

0

O legado continua. Esse é lema de Wenderson Batista, eleito vereador de Petrolina no último dia 15 de novembro com 3.011 votos. O democrata é filho do vereador José Batista da Gama que abriu mão da disputa para apoiá-lo. Ao citar a relação com pai, Wenderson até se emociona.

“Eu tinha uma uma responsabilidade muito grande com meu pai porque Zé Batista merecia uma resposta à altura do que ele sempre foi para Petrolina, para o legislativo de Petrolina, são 32 anos de vida pública. Batizei a campanha como Campanha da Emoção porque é um cara novo, mas que nasceu praticamente da Câmara. Eu costumo dizer que tenho mone enraizado na política da cidade porque tenho nos anais do museu uma foto, com 10 anos na posse de Guilherme Coelho em primeiro de janeiro de 1989. Meu pai era vereador, Carlos Augusto vice”, relembrou.

Porém, o novato assegura ter uma postura independente. “Eu costumo dizer que Zé Batista tem o CPF dele e eu tenho o meu. Mas com certeza o DNA é o mesmo, com muito orgulho, porém estamos num novo momento. Meu pai está com setentinha, eu estou um pouco mais novo. A gente tem uma forma de labutar com as coisas e vejo que tem que ser diferente. Vocês não vão me ver na Câmara discutindo o sexo dos anjos”.

De acordo com Batista, seu objetivo será sempre promover um debate propositivo na casa. “A cidade é muito exigente, tem muita demanda. (…) Não vou esperar ser diplomado e empossado não. Já estou trabalhando. Eu quero ser noticia positiva propositiva”.

Pé de galo no páreo

Além das propostas relativas à construção do seu mantado, Wenderson também colocou seu nome a disposição para a eleição da presidência da Câmara Municipal. “Eu comuniquei ao prefeito, meu nome já está lançado a presidência da casa. Se eu me dediquei, estou expondo, me dedicando à cidade dentro do que tenho de melhor que é a minha experiência, o meu currículo, por que não me doar para a casa e buscar ali a melhora. Não tenho nada contra ninguém, Osório é meu amigo”.

Questionado se teria o apoio dos colegas de partido, ele revelou ter conversado com os demais integrantes da bancada do DEM. “Já conversei com todos. Dois por telefone. Na verdade eu não estou pedindo votos, estou me apresentando porque não adianta ir atrás de bloco, montar a turma e o prefeito dizer que será fulano”, ponderou.

Poderio econômico

O vereador eleito também comentou sobre o discurso de alguns adversários, que alegaram que nessas eleições venceu o poder aquisitivo. “Sobre essa declaração, quem precisa se justificar são eles porque graças a Deus nós fomos eleitos, bem eleitos e se é uma coisa que busco respeitar acima de tudo é o eleitor, as pessoas e a Lei. Como todos sabem, eu sou bacharel em administração e em direito. Passei cinco anos numa faculdade estudando Lei e eu vou querer rasgar a Lei agora? Não”.

Ele afirmou ter a consciência tranquila quanto a essas alegações. “O choro é livre e eu aconselho a chorar no travesseiro que acalenta. De minha parte estou tranquilo, desafio alguém a dizer que recebeu isso ou aquilo de mim. Se recebeu, se usaram meu nome, denuncie”.

Convite para ser secretário municipal

Com nomes importantes na suplência, Wenderson assegurou ao Nossa Voz que não cederá sua vaga na Câmara de Petrolina. O recém eleito fez questão de destacar que não está disponível para deixar a Câmara para assumir uma secretaria na gestão Miguel Coelho.

“Quem conhece de política, quem vive política, principalmente a tal da vereança, vereador que ganha pela primeira vez e se dá ousadia de não assumir o primeiro mandato, no meu ver, você está rangando o diploma, está fechando as portas para uma segunda empreitada. Então já deixei claro que fui eleito vereador. (…) então se eu fui eleito vereador o legado tem que continuar como legislador”, revelou.