Cotados para assumirem o comando das duas casas do Congresso Nacional, o senador e líder do governo no Senado, o Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o deputado Federal Fernando Filho (DEM) pregam cautela.
Filho entrou na lista de possíveis candidatos à presidência da Câmara dos Deputados assim que o Supremo Tribunal Federal decidiu barrar as tentativas de reeleição de Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM). Além de Fernando, que integra o mesmo partido Maia, são especulados os nomes de Baleia Rossi (MDB), Elmar Nascimento (DEM) e Luciano Bivar (PSL).
Entretanto, Fernando Filho nega a pretensão, descartando o ingresso na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Porém, reforça o seu apoio à movimentação de Rodrigo Maia, que busca fazer um sucessor no comando do Legislativo Federal.
“Na verdade, o nome foi ventilado mas isso não está sendo cogitado. Acho até que esse nome que será apoiado pelo presidente Rodrigo deve ser anunciado e é evidente que a eleição será só em fevereiro, a gente sabe que tem muita coisa para acontecer, mas é importante que tenhamos conhecimento logo desse nome para que se possa trabalhar as bancadas, os estados. Vai ser uma eleição bem disputada”, previu.
Apesar da negativa da candidatura, Filho classifica como positivo o fato de ter sido lembrado. “A gente fica feliz, acho que, pelo fato de sermos do mesmo partido, pela relação, muitas vezes as pessoas escrevem mas não conhecem todas as informações por trás e estou incumbido é de poder ajudar para que a gente possa ter uma candidatura competitiva, mas respeitando a postulação do colega Arthur [Lira] que também é legítima, mas, o meu intuito é ajudar o meu partido, que é o Democratas, nessa eleição que deve sair desse bloco de partidos”.
Segundo informações repassadas pela imprensa, Rodrigo Maia já conta com o apoio do seu partido, o DEM, e também do PSL, MDB, PSDB, Cidadania e PV, reunindo 147 dos 513 deputados federais.
O cargo presidente da Câmara é um dos mais importantes do país já que o eleito pelos pares é o segundo na linha sucessória presidencial. Ou seja, se o presidente da República e o vice estiverem ausentes, é ele quem assume a responsabilidade.
Para ser eleito em primeiro turno, o deputado precisa ter a maioria absoluta dos votos, isto é, 257 deputados votando à favor dele. Caso isso não ocorra, os dois mais votados disputam o segundo turno para a presidência da Câmara dos Deputados. Se, por ventura, ocorra um empate, assume o candidato com mais idade.