A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vem intensificando as fiscalizações nas rodovias da cidade de Petrolina (PE) através da Operação Rodovida 2020. O objetivo da ação é diminuir os acidentes de trânsito relativas ao excesso de velocidade, ingestão de bebida alcoólica, ultrapassagem em local não permitido e o transporte irregular de crianças sem obedecer a legislação de trânsito. Essas ações tem parceria com o 2° BIESP e Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla).
Ao programa Nossa Voz desta segunda-feira (21), o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal em Petrolina, Paulo Lima, falou sobre essa principal Operação que abrange outras fiscalizações como: Operação Natal e Ano Novo, Operação Férias e Operação Carnaval.
Sobre acidentes com vítimas fatais x Grupos de WhatsApp
“Estamos vivendo um momento atípico devido a pandemia do novo coronavírus. No início da pandemia, no mês de março e abril, houve uma redução por várias orientações devido aos decretos estaduais e municipais, que de uma certa forma minimizou o tráfego de pessoas, e com isso o aumento de trânsito voltou em estado normal. Entretanto, tivemos uma diminuição nas ações fiscalizatórias, todo órgão teve que se adequar ao momento. No entanto, a ingestão de bebida alcoólica no trânsito em especial, a maioria dos casos não obedeciam as regras (…). Não conseguimos ter uma viatura em toda esquina, mas todo o cidadão consciente sabe que não pode beber e dirigir”, destacou o o chefe da PRF.
Conforme Lima, a ação de quem divulga as ações da PRF por grupos de WhatsApp é uma conduta irresponsável. “Aquele condutor que informa onde está tendo fiscalizações de trânsito, o condutor que está sobre efeito de álcool, aquele motorista que é um possível infrator onde chegar no seu transporte pode matar alguém, ele já não foi abordado pelos agentes nas fiscalizações, e dirigindo um veículo automotor pode sim matar pessoas, ou mesmo morrer por sua conduta irresponsável”.
Um ouvinte questionou esse comentário. “Esses grupos de WhatsApp funcionam para aquele pai de família que está trabalhando e que não pode tirar a CNH por causa dos valores e das leis, então ele dirige e pilota sem o documento. Muitos desses que não estão habilitados tem mais cuidados e preocupação em não cometer acidentes do que muitos que estão habilitados. Muitos usam mesmo esses grupos para saber onde tem uma blitz de rotina com medo”, contou Baiano morador do bairro Mandacaru.
O inspetor-chefe da PRF esclarece. “Primeiro a lei de trânsito não é competência da PRF, em segundo a fiscalização atende a todos, do condutor inabilitado ao habilitado. Quando vc dirige colocando em risco a vida das pessoas ou faz uma ultrapassagem perigosa por exemplo e sofre o acidente vai impactar outra área que é a área de saúde que está com a capacidade comprometida com pacientes de Covid-19. Não tenho condições de responder a ele, se ele está com a dúvida que procure a ouvidoria (…). Os representantes, senadores e deputadores federais é quem tem poder de mudar o código de trânsito”.
Paulo Lima orientou os condutores de veículos antes de cair na estrada nos festejos de fim de ano. “Esse planejamento leva em consideração a documentação de porte obrigatório, os equipamentos, fazer uso do cinto de segurança, evitar a ingestão de bebida alcoólica e a condução de veículo automotor. E, acima de tudo, preparar o seu veículo para a viagem, reforçou. Durante as abordagens, os condutores que forem identificados com algum indício de presença de álcool serão convidados pelos policiais rodoviários a se submeterem ao teste com o etilômetro. Isso para garantir que os motoristas estão conduzindo isentos da presença do álcool”.
Em caso de denúncias que envolvam a segurança do trânsito, a população pode ligar para o 193. A Operação Rodovida vai até a segunda quinzena de fevereiro.