Escolas particulares preparam início das atividades do ano letivo de 2021

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(Foto: Reprodução)

Parte das escolas particulares de Pernambuco voltou às aulas nesta segunda-feira (1º). Com as provas do vestibular seriado da Universidade de Pernambuco (UPE) em andamento, algumas optaram pelo começo do ano letivo de 2021 na terça-feira (2).

Para o início deste ano letivo, as escolas seguem o mesmo esquema híbrido em vigor desde outubro do ano passado, quando as aulas presenciais retornaram após autorização do Governo do Estado. Ou seja, parte dos alunos acompanha as aulas de forma presencial nas escolas e a outra parte, em casa, em plataformas online.

De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), a expectativa é de que, até a próxima quarta-feira (3), as aulas voltem para todas as modalidades de ensino, em todas as escolas particulares do Estado. Ao todo, são 2,4 mil escolas e quase 400 mil estudantes.

Nesta segunda-feira (1º), foi a vez do Colégio Adventista, localizado no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, iniciar o ano letivo. Para o vice-diretor da escola, Rafael Costa, este primeiro dia de aulas foi tranquilo.

“Estávamos conversando com a comunidade escolar há um tempo. O começo de ano foi muito tranquilo, tanto para quem veio presencialmente usando máscara, respeitando o distanciamento social, como para os que estão em casa também sentindo esse gosto do ambiente escolar sendo emulado de forma online”, pontuou.

O presidente do Sinepe-PE, José Ricardo Diniz, explica que o cenário atual da rede particular indica muitas escolas fechadas por causa da crise econômica potencializada pela pandemia do coronavírus.

“Sabemos que algumas escolas não retornarão para este ano letivo. Quando houve retorno com protocolos em outubro, tivemos quase 200 escolas que não retornaram no Estado. Agora estamos prevendo algo em torno de outras 200 escolas sem retornar às atividades”, explicou.

Ainda segundo José Ricardo, há uma tendência de aumento na mobilidade de estudantes na rede particular. “Há casos do aluno sair de uma escola de tíquete médio maior de mensalidade para uma de menor, dentro da rede privada. O outro é a saída para a escola pública, seja estadual ou municipal”, explicou.

Esse cenário, acrescenta o diretor do sindicato, indica aumento na pressão por vagas na Rede Estadual de Ensino, cujas aulas voltarão na quarta-feira (3) – de forma híbrida para o Ensino Médio e de forma apenas remota para Educação Infantil e Ensino Fundamental.

“Houve corte de pessoal. A educação infantil teve uma matrícula de 25 a 30% menor para este ano letivo”, continua José Ricardo, que ainda defende a preparação das escolas em relação ao contexto sanitário.

“As escolas estão prontíssimas para cumprirem os protocolos, já vinham cumprindo desde a reabertura e estão mais maduras. Daqui para frente, acreditamos que a adesão ao presencial vai acontecer em percentual maior do que a adesão ao remoto, diferente do que aconteceu no ano passado”, finalizou.

José Ricardo ainda indica que quando a adesão ao presencial superar os que preferem o ensino remoto, as escolas deverão adotar esquema de rodízio diário ou semanal para evitar aglomeração nas salas de aula, que vêm funcionando com capacidade reduzida. (Folha PE)