A taxa de desemprego atingiu nível recorde em 20 estados brasileiros em 2020 com a pandemia do novo coronavírus, que provoca a Covid-19. É o que aponta um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo a pesquisa, as maiores taxas foram registradas no Nordeste. As menores, por sua vez, na região Sul. Desse levantamento também foi possível confirmar que mulheres e negros foram os mais penalizados pela crise no mercado de trabalho.
A taxa de desemprego também foi superior à média nacional para brasileiros com menor escolaridade. No balanço da consultoria iDados, a taxa de desemprego em 2020 ficou em 13,5%, a maior desde 1993.
No quarto trimestre, a taxa de desemprego no país foi de 13,9%, a maior para o período de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2002. Em termos absolutos, a população desocupada (que não trabalha mas busca uma vaga) em 2020 atingiu a média de 13,4 milhões de brasileiros, 840 mil a mais do que o observado em 2019 e a maior marca da série histórica da Pnad.
No ano, 7,3 milhões de pessoas no país perderam o emprego no país, com a população ocupada chegando a 86,1 milhões, o menor número da série. Pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Segundo o IBGE, as maiores taxas de desocupação em 2020 foram verificadas na Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).
(Com informações: Folha de S.Paulo)