A Polícia Federal cumpre hoje (19) em Petrolina quatro mandados de prisão dentro da Operação Deepwater. A ação acontece como desdobramento da prisão do hacker suspeito do maior vazamento de dados do Brasil, Marcos Roberto Correia da Silva, de 24 anos, conhecido como conhecido como “Vandathegod” ocorrida também nesta sexta-feira, em Uberlândia (MG). “Vandathegod” é responsável pela divulgação de informações de 223 milhões de brasileiros (incluindo dados de falecidos).
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF.
Em 28 de janeiro, a polícia recebeu pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir a inquérito sobre o caso. A investigação é realizada pela Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal.
A suspeita é que autoridades públicas estejam entre os alvos dos criminosos. A PF também apura a participação do hacker conhecido como “JustBR” na divulgação e comercialização dos dados sigilosos.
Os investigadores identificaram que, em 2021, dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas foram disponibilizados em um fórum na internet. A página é especializada em troca de informações sobre atividades cibernéticas.
Nesse site, eram apresentadas informações de pessoas físicas e jurídicas, como CPF e CNPJ, nome completo e endereço.
De acordo com a PF, a divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do fórum que, ao mesmo tempo, expôs a venda o restante das informações que poderiam ser adquiridas com criptomoedas.
Após diligências, a Polícia Federal identificou o hacker suspeito de obter, divulgar e comercializar os dados, assim como outro hacker que venderia os dados por meio suas redes sociais.
Dados do TSE
Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker conhecido como “Vandathegod”, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação “Exploit”, que prendeu em novembro de 2019 o hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele é investigado por ter participado da invasão que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE no primeiro turno das eleições municipais de 2020.
A Justiça Eleitoral também determinou a proibição de contato entre ele e outros hackers investigados na operação Exploit.
Marcos Roberto Correia da Silva também é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por invasão de dispositivo e estelionato. (G1)