O primeiro-ministro da França, Jean Castex, comunicou ao Parlamento de seu país que as autoridades francesas estão suspendendo todos os voos com o Brasil “até novas ordens”, informa o colunista Jamil Chade, do portal UOL.
Segundo a publicação, a declaração foi feita em meio a uma pressão cada vez maior de parlamentares e de parte da sociedade médica diante do temor de que a variante brasileira seja uma ameaça aos franceses. O governo, porém, não explicou como esses voos seriam suspensos, qual a duração nem quando exatamente a medida entraria em vigor.
Sob críticas, Castex rejeitou o fato de que nada estava sendo feito para impedir a entrada de brasileiros em território francês. Segundo ele, desde janeiro, testes são exigidos. Além disso, um isolamento de dez dias também foi estabelecido para todos os passageiros e as viagens eram autorizadas apenas por “motivos imperiosos”.
“É inexato dizer que não agimos. Ainda assim, constatamos que a situação se agrava e decidimos suspender, até novas ordens, todos os voos entre o Brasil e a França”, afirmou, de acordo com Jamil Chade
Seu governo ainda indicou que, antes da pandemia, cerca de 50 mil pessoas chagavam aos aeroportos franceses por semana. Esse número caiu para apenas 50 por dia, com cerca de 350 por semana.
Castex, no debate, insistiu sobre “a gravidade da situação no Brasil, que se submete a uma situação dramática”. Segundo ele, a variante registrada no Brasil é uma “ameaça” e “efetivamente coloca um desafio real”.
O primeiro-ministro, como forma de criticar parte dos deputados franceses que tinham solicitado ao governo o uso da cloroquina no início da pandemia, ainda ironizou, alertando que o Brasil era um dos países que “mais receitou cloroquina aos pacientes”.
(Com informações: Bahia.ba)