Há quatro anos, os moradores do Assentamento Lyndolpho Silva, localizado no Km 45, próximo a Pau Ferro, na zona rural de Petrolina convivem com dois pesadelos: Falta dágua e o nome negativado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) cuja a negativação dos seus nomes foi feita pela Compesa. Mas porque a companhia faria isso em uma comunidade onde não há abastecimento regular?
Segundo o vereador Wenderson Batista, os moradores da localidade passaram a constar no sistema da Compesa, mas nunca desfrutaram de uma gota de de água fornecida pela estatal. Mesmo assim, a fatura foi enviada para as residências. Pensando tratar-se de um equívoco, os “clientes”, optaram por não pagar e assim formou-se o impasse.
“Lá tem o serviço de água completamente inexistente. Por ironia do destino, não estavam recebendo água, não pagaram as contas. E o que a Compesa fez? Negativou o pessoal. Além de não dar a água ainda protesta o nome do pessoal”, relatou Pé de Galo.
Na defesa do requerimento aprovado na Câmara de Petrolina ontem (02), parlamentar conta que foi procurado em 2017 pelos moradores do assentamento e desde então luta para solucionar o problema. “Buscamos alinhar uma conversa. Fomos atendidos por João Rafael, ainda na gestão dele. Chegou o novato, nos atenderam. Fizemos um combinado lá, mas infelizmente veio a pandemia. Existem 33 famílias que residem no assentamento que estão sofrendo com o desabastecimento de água pela Compesa. Desde novembro de 2017 quando foi cessado o fornecimento imotivadamente causando enormes transtornos e prejudicando os consumidores de forma injusta, com a cobrança indevida do serviço que não estava sendo prestado. E por cima a inclusão do nome dos consumidores no cadastro de devedores do SPC e Serasa. É a primeira vez que vejo a pessoa pagar pelo que não consome e ser negativada”.
Além das reuniões realizadas com representantes da companhia, Wenderson ainda revela que a Justiça também foi procurada. “Foi ajuizada uma ação judicial em nome dos moradores do assentamento em trâmite na 5ª Vara Cívil de Petrolina, cobrando que a companhia cumpra o seu dever legal que é estabelecer o fornecimento hídrico imediatamente em toda a comunidade”.
Até mesmo um acordo entre a Prefeitura de Petrolina e a Compesa foi firmado na época. “A Prefeitura entraria com uma máquina para cavar o local onde passariam os canos e a Compesa entraria com os canos e a mão de obra. Estariam juntos prefeitura, Compesa e comunidade e até agora essa dificuldade. Não dá nem 2km e o povo lá morrendo de sede”, criticou.