Insistindo no argumento da economia em meio ao aumento da cota de combustíveis para os vereadores de Petrolina, o líder da situação na Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Ronaldo Silva, foi mais um a ignorar a insatisfação popular diante do reajuste. O descontentamento presente em diferentes setores da sociedade petrolinense não recua e mesmo assim, a proposta de autoria do presidente da mesa diretora, o vereador Aero Cruz, está prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira (09). Isso motivou Ronaldo Silva a defender a medida, ao participar do Programa Nossa Voz de hoje.
No início, o líder do governo criticou os colegas que voltaram atrás da proposta e renunciaram ao aumento de R$ 2 mil para R$ 3 mil na verba disponibilizada para abastecimento dos veículos oficiais à disposição dos parlamentes. “Esse projeto está trazendo transparência para a população de Petrolina, não tem aumento nenhum nessa situação, pelo contrário. O presidente Aero está revogando uma lei de 2012, a Lei n° 4.774, que os vereadores todos aprovaram esse projeto, com as exceções do Gilmar do PT, que não votou contra, se absteve e de alguns vereadores como Maria Elena, Gaturiano Cigano e Major Enfermeiro que estavam ausentes. Mas todos que estavam presentes votaram e o que não votou, não votou contra.Essa questão de dizer que se arrependeram, eu quero também que os vereadores deem publicidade depois quando forem ao presidente para pedir que coloque a cota para eles também”.
Em seguida, Ronaldo Silva fez questão de detalhar as Leis revogadas a partir do PL n° 120/2021, o que segundo ele, sustenta a tese de economia dos recursos da casa. “O projeto de Lei, no artigo 20 diz: ‘Revogam-se as disposições do contrário, especialmente a Lei nº 2.464”. Essa Lei que estava em vigor, no artigo II diz o seguinte: ‘Despesas com combustíveis para os gabinetes parlamentares fica estabelecida na quantidade de 700 litros por mês’. Faça a conta de 700 litros que esse projeto revogou e faça a conta com os 470 litros, porque é o que está valendo. Se a redação foi mal feita, é porque se colocou, invés de reduzir o combustível, o valor de R$ 3 mil”.
O parlamentar não considerou, entretanto, que não reajustar a cota também poderia ser a alternativa adotada. Ao contrário disso, Silva ampliou as contas relativas à redução dos 700 litros que não eram mais usados pelos vereadores diante do teto instituído em R$ 2 mil reais.
“Ele [Aero Cruz] revogou a Lei que custava hoje para os cofres da Câmara de Vereadores R$ 4.500 e hoje, com essa nova Lei, vai custar apenas R$ 3 mil. Não tem prejuízo, pelo contrário, tem uma economia de R$ 1.500 por vereador. Faça a conta vezes os 23 vereadores e nós vamos ter uma economia de quase meio milhão por ano. (…) Entenderam e interpretaram mal e estão interpretando mal até hoje”.