Taxa de ocupação do Hospital de Campanha de Juazeiro cai em 30% e pacientes jovens estão em maior número

0

O Hospital de Campanha (HC) de Juazeiro registrou queda na taxa de ocupação nos últimos dois meses. Nos primeiros meses de 2021 a taxa atingiu percentuais entre 60% e 65%.  De maio a junho, esse percentual caiu para 30%.

No entanto, os casos que estão chegando ao HC revelam mudança no comportamento das pessoas em relação ao tempo entre o aparecimento dos sintomas da Covid-19 e a procura pela unidade de saúde. “Nós percebemos aumento na gravidade da doença. O perfil do paciente mudou, ele está demorando mais tempo em casa e quando chega ao hospital está com maior comprometimento respiratório, o que fez aumentar o número de óbitos”, ressaltou o diretor da UPA e Hospital de Campanha, Régio Cunha.

Jovens com Covid-19

Os registros do Hospital da Campanha apontam mudança no perfil dos casos da Covid-19 em Juazeiro nos últimos três meses. “Com o avanço na vacinação já se percebe a redução nos casos graves da doença. Mas percebemos também o aumento no  número de casos da Covid-19 em pacientes mais jovens. O aumento no número de pacientes entre 30 e 40 anos é maior do que os de idosos internados”, explica o diretor médico da UPA e Hospital de Campanha, Allan Diêgo da Costa Lopes.

Os casos da Covid-19 em pacientes jovens são de quadro intermediário, que não necessitam de suporte ventilatório.

Hospital de Campanha

A unidade de atendimento para pacientes com Covid-19 funcionava em um grande galpão. Toda a estrutura passou por uma adequação em fevereiro, modificando o atendimento e a distribuição dos leitos. O Hospital de Campanha tem 12 leitos com suporte ventilatório, 20 leitos intermediários, 10 leitos para pacientes suspeitos, recepção e consultório de triagem de enfermagem e triagem médica.

Hoje as pessoas sentem que estão realmente em um hospital. Pelo fluxo de atendimento, pelos equipamentos, pelos profissionais. O volume de atendimento aumentou bastante e recentemente essa curva mostra a diminuição, mas por alívio mesmo da infecção por coronavírus e o impacto da vacina, principalmente em relação ao público idoso. A gente ressalta, no entanto, que o momento ainda é de prevenção e que as pessoas precisam continuar como distanciamento social, higienização e máscaras”, concluiu Régio Cunha.