O presidente do PTB de Pernambuco, Coronel Antônio Meira, definiu, em entrevista ao Nossa Voz de hoje (16) luta em duas frentes: pela liberdade do presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson e definir um palanque na busca pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco. Essa primeira linha de ataque está voltada para os integrantes do Supremo Tribunal Federal, responsável pela prisão de Jefferson.
“É a ditadura da toga que está vivendo o nosso Brasil. Não é só com o nosso presidente Roberto Jefferson, mas com todos. Prenderam ativistas, como Sarah Winter, prenderam jornalista, prenderam um deputado federal, Daniel Silveira, agora prendem um presidente de partido”.
O ex-deputado federal, Roberto Jefferson, está preso em Bangu 8, na Zona Oeste do Rio. Ele foi preso nesta sexta-feira (13) no inquérito das milícias digitais. Para Coronel Meira, a ação é resultado de excessos cometidos por membros do Supremo.
“O ministro saiu, está fora do judiciário, não está respeitando a democracia que é o equilíbrio dos três poderes,Executivo, Legislativo e Judiciário. Então, esses ministros, ele e o Barroso, principalmente os dois e os 11 urubus que estão no STF, mas esses dois principalmente que não foram votados, não são concursados, foram colocados ali por lobby, foram lobistas que colocaram eles ali. (…) Eles soltam traficantes, políticos corruptos e prendem pessoas do bem”, disparou.
Roberto Jefferson foi preso em casa, em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio. A autorização da prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar) partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa de Meira é que o pedido de impeachment que deve ser protocolado amanhã pelo presidente Jair Bolsonaro surta efeito na liberação do presidente do PTB. “O nosso presidente vai sair do palácio a pé, junto com seus ministros, e vai entregar o pedido de impeachment ao presidente do Senado os dois, Alexandre de Moraes e do Luís Barroso”.
Miguel perdeu bolsonaristas
Já nesta segunda frente de batalha, protagonizada pelo Coronel Meira, o alvo está apontado para o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(MDB). Segundo Meira, os Bezerra Coelho perderam o apoio dos conservadores e bolsonaristas (como ele denomina os apoiadores de Bolsonaro) pernambucanos em uma sucessão de eventos que colocaram em cheque a fidelidade do líder do governo no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).
“Aconteceu o fato na CPI da Covid quando o senador se colocou contra, e colocando, imputando ao presidente Jair Messias Bolsonaro aquela atividade de deslocamento de tropa feito aqui. Uma atividade que todo ano acontece, uma atividade que é normal, cívica, de família. O senador, em plena [CPI da] Covid veio criticar o presidente. Então, já foi um ato muito ruim do senador Fernando Bezerra”, decretou.
A gota d’água, entretanto, veio no posicionamento contrário do deputado federal, Fernando Filho (DEM), à PEC do Voto Impresso. “Na hora que o senador faz aquele gesto e que seu filho, deputado federal, votou contra uma pauta que foi defendida pelo presidente, foi colocada, foi pedida pelo presidente, para que todos os deputados votassem… Nós tivemos uma grande maioria , 229 deputados federais votando. Alguns se omitiram, ficaram em cima do muro. Aí o povo de Pernambuco, toda nação brasileira está sabendo quem é quem. Em Pernambuco, apenas quatro deputados votaram a favor do voto impresso e eu fui procurado por vários conservadores, bolsonarianos totalmente revoltados. E a gente coloca com muita tranquilidade, fica inviabilizada uma campanha de Miguel Coelho com o apoio dos conservadores de Pernambuco. Com certeza ele não vai dar palanque ao presidente Jair Messias Bolsonaro”, sentenciou.
“Se não houver um gesto político da família Bezerra Coelho, do senador Fernando Bezerra Coelho, do prefeito Miguel Coelho com o presidente Jair Bolsonaro, fica muito difícil Miguel Coelho obter o apoio dos conservadores e bolsorianos de Pernambuco” .