Conforme o Nossa Voz noticiou em primeira mão na manhã desta terça-feira (19), o processo de composição da Comissão de Segurança Pública e Mobilidade da Câmara Municipal de Petrolina testou mais uma vez a união dos vereadores da bancada de situação. Se por um lado, o episódio serviu para pôr um fim na rusga instalada entre o Capitão Alencar (Patriota) e o líder do governo, Ronaldo Silva (DEM), por outro, colocou o vereador e militar em uma nova celeuma. Desta vez com o líder do Democratas na Casa, o vereador Wenderson Batista.
De acordo com informações repassadas ao NV, na tarde de ontem (18), uma reunião entre os parlamentares integrantes do DEM avaliava a possibilidade de reivindicar a presidência da Comissão de Segurança Pública, já que a legenda tem a segunda maior bancada da casa e teria direito a mais vagas nos grupos de trabalho, segundo o Regimento Interno da Câmara. A indicação ficaria entre Ronaldo Silva, que já havia solicitado o cargo ao presidente da mesa diretora, Aero Cruz (MDB) e o César Durando.
Ciente disso, Capitão Alencar buscou os demais líderes partidários para que, se fosse convocada uma votação, eles optassem pelo militar como presidente da comissão em questão.
A vereadora Maria Elena, (MDB), ao ponderar as consequências dessas articulações, tratou de aconselhar os colegas, que acataram suas argumentações. A Comissão de Segurança foi oficializada de acordo com a formação original, com Capitão Alencar na presidência, Ruy Wanderley na relatoria, Rodrigo Araújo como secretário e Zenildo Nunes como suplente.
O presidente Aero Cruz anunciou a composição na sessão de ontem, onde Ronaldo Silva e Capitão Alencar fizeram as pazes publicamente.
Mas, quem acredita que a formação definitiva dessa comissão colocou um ponto final nos embates protagonizados pelos membros da bancada de situação, errou.
Incomodado com o vazamento das reuniões realizadas na última segunda-feira (16) na imprensa, o Wenderson Batista chegou a afirmar que o Capitão Alencar teria gravado as conversas e repassado para os veículos de comunicação.
Alencar por sua vez negou e afirmou que Batista fala demais e acaba comprometendo os parlamentares.
“Já foram feitas algumas bobagens aqui, alguns dizeres que comprometem essa casa. (…) Se alguém aqui tem rabo preso, tem medo de celular, de gravação, então, saia da Câmara porque eu não tenho medo não”, disparou, entretanto negou ter repassado os fatos além dos muros da Casa Plínio Amorim.
Mesmo com toda a celeuma, a Comissão de Segurança Pública foi oficializada e os seus membros devem iniciar os trabalhos nos próximos dias.
