Missa de ação de graças reúne familiares, amigos e admiradores em homenagens à Osvaldo e Geraldo Coelho

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Um fim de tarde marcado de emoção, saudade, reencontros e reconhecimentos. Assim foi a missão de ação de graças celebrada em homenagem aos eternos deputados, Osvaldo Coelho, que se vivo estivesse completaria hoje (24) 90 anos, e Geraldo Coelho, pela passagem dos três anos do seu falecimento. O evento religioso foi realizado na Igreja Matriz de Petrolina e contou com a presença dos familiares, amigos e admiradores destes que foram os incansáveis defensores do desenvolvimento do Sertão.

Irmão dos homenageados, Adalberto Coelho, relembra traços da personalidade inconfundível de Osvaldo Coelho, de quem sempre foi próximo e com quem sempre aprendeu valiosas lições. “Osvaldo representa o exemplo da paciência, da tolerância, da compreensão. Era uma figura fora do comum. Eu não me lembro de Osvaldo em momentos de exaltação, de perda daquilo que se chama de calma. Foi meu professor porque eu era de temperamento bastante diferente do dele, mas, ele conseguia me conter, ele me ajudou muito a melhorar, a ser uma pessoa melhor. Osvaldo era o irmão mais próximo de mim, na cadeia de sucessão ele era mais velho que eu. Uma enorme saudade de uma figura humana extraordinária, dedicada à irrigação e à educação, que eram os lemas dele. E foi vitorioso em todos dois”, constatou.

Sobre Geraldo Coelho, as lembranças da bondade do Trator do Sertão logo vêm à tona. “Era uma figura também muito agradável, mas não tinha as características de Osvaldo. Fica difícil de definir, mas Geraldo era uma pessoa também de muita bondade. Dos meus irmãos todos, eu fui um dos mais moços e todos eles ajudaram a formar a minha personalidade, eu sou um resumo do que eles tiveram de bom e do fizeram para mim de bom. Eu tenho saudade de todos eles”, confessou Adalberto.

A esposa de Osvaldo Coelho, Anamaria Coelho, afirmou que estar próxima dos amigos e admiradores do eterno deputado federal a faz se sentir mais próxima dele. “É uma maneira muito grande de homenageá-lo, à memória dele, como ele foi querido pelo seu povo e imensamente querido pela sua família. Ele deixou um legado muito grande para os filhos, que muitas vezes, a gente que é mulher, agora que a gente vê muito se revelar nos netos e nos filhos essa mensagem de amor à terra, de amor às pessoas mais simples, de querer ajudar, de querer estar sempre perto daqueles que ajudaram ele. Ele sempre dizia: ‘Eu não me elegi, você me elegeram. Porque se não tivessem sido vocês, eu não seria nada’. Era muito do tom da humildade que ele tinha  e essa celebração me tocou muito o coração e eu fiquei mais junto dele, mais junto do seu povo, mais junto de vocês. Um beijo no coração de todos”.  

Para o filho de Osvaldo Coelho, Guilherme Coelho, a certeza do apoio incondicional às ações do pai transforma a saudade intransponível em memórias felizes. “São seis anos da morte de Osvaldo, três de Geraldo, irmãos que conviveram em todos os momentos das suas vidas. É um momento de muita saudade e muitas lembranças, ao mesmo tempo em que é um momento de alegria. Papai é uma figura que se foi, mas fez tudo que ele queria. A primeira prioridade da vida de Osvaldo Coelho era a política e nós da família entendíamos isso e achávamos bonito que ele tenha dedicado o maior momento de sua vida às pessoas mais desesperançadas, as pessoas que queriam prosperidade, que não tinham água, que queriam educação. Então, a gente fica feliz com isso, em ver uma igreja lotada, que nos faz rememorar os encontros, a casa aberta, as campanhas dele. Enfim, 90 anos, em que ele não está aqui, mas sim as lembranças fortes e, principalmente, o exemplo. Era o homem que deixou o exemplo, não a conversa, não o discurso, mas de caráter, seriedade, compromisso de coisas certas. Estamos muito felizes por isso”.

Patrícia Coelho, filha do eterno deputado, fala da saudade, mas também dos amigos herdados que preenchem um pouco do vazio deixado pela partida do seu pai. “Uma saudade tão boa, que o coração está gratificado por esse encontro com tantos amigos hoje aqui na Igreja Matriz. Tantos amigos, tantas pessoas que a gente sabe que gostavam dele,  como ele amava essas pessoas. Então, acho que é uma saudade que dói, que me fez chorar, me fez me emocionar, mas também abre no coração um espaço imenso porque é uma saudade boa, é uma saudade muito boa”.
 
Filha caçula, Ana Amélia Lemos faz reflexão do dia vivido com muita gratidão. “Hoje foi um dia de muita emoção, muita saudade, muita alegria no coração. Uma pessoa de coração grande, de casa cheia, que amava todos sem distinção, que lutava com todos. Dedicou sua vida em prol de outras pessoas, da melhoria de vida de outras pessoas, do desenvolvimento da nossa região. Foi uma missa muito emocionante porque aqui encontramos diversos amigos, amigos da sua faixa etária, filhos de seus amigos. Então, uma geração toda nova que continua admirando o trabalho dele, da vida dele, reconhecendo. Todas as palavras foram lindas, as homenagens. Isso nos deixa bem felizes e muito emocionados, na certeza de que tudo valeu a pena. Tudo vale a pena. E meu pai foi providência na vida de muitos. Então eu só tenho que agradecer a Deus e não tenho nada a pedir a ele. Que descanse em paz no Reino dos céus, junto com tio Geraldo, com vovó Zefinha, com vovô Quelê, com seus irmãos e irmãs,  com seus amigos. É isso, só gratidão”.

Ana Emília Coelho Medeiros, filha de Patrícia Coelho, ressaltou o orgulho de ser sertaneja, assim como o avô e o orgulho que sente ao deparar-se com o legado de Osvaldo Coelho. “Só de estar aqui na missa de comemoração dos 90 anos de meu avô traz para nós, netos e todos os familiares, muita saudade e muitas lembranças de tudo que ele foi para a região e tudo que ele conquistou. E eu como neta, sertaneja também, me emociono muito hoje ao ter maturidade de enxergar todo o trabalho e tudo que ele conquistou, tenho muito orgulho de todo o trabalho dele e hoje é um dia muito especial de relembrar tudo isso”.