Uma grave denúncia contra a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR) foi apresentada ao programa Nossa Voz na manhã desta quinta-feira (02) por um ex-motorista da entidade.
Adriano Florentino de Brito relatou que descobriu um suposto esquema fraudulento de desvio de gasolina no sindicato. O ex-funcionário informou ainda que a presidente Lucilene Lira (Leninha) teve conhecimento do caso, não tomou nenhuma providência e ainda o demitiu no último dia 31 de agosto.
“Há uns três meses eu comecei a perceber que alguns carros, inclusive o que estava sob minha responsabilidade, quando me afastei por motivo de doença, foi abastecido com cinco tanques de gasolina em apenas uma semana. Isso é impossível, no máximo, andando bastante no carro, a gente gasta dois tanques de combustível. Eu descobri e tenho provas de que carros estavam sendo abastecidos com assinaturas falsas e veículos tendo a duplicação da identificação, ou seja, no talão constava um veículo, mas outro é que estava sendo abastecido. Apresentei tudo a Leninha, mas ela não fez nada e começou a me perseguir”, narrou Adriano.
O ex-motorista contou ainda que a presidente Leninha convocou os funcionários da entidade para que escolhessem um lado político no sindicato. Como ele e outro colega de trabalho recusaram a proposta, ela teria ameaçado demiti-los. “Leninha disse que este ano era ano político e estava na hora de escolhermos um lado. Eu e um colega recusamos conversar sobre essa questão de lado político e ela disse que tinha a caneta na mão e que tirava quem ela queria”, afirmou.
Adriano foi demitido na terça-feira, 31 de agosto, após finalizar o expediente. Ele diz que foi surpreendido com um aviso indenizado e sem nenhum comunicado sobre as motivações de sua demissão.
Até o momento, a presidência do STTAR não enviou nenhum comunicado sobre o assunto.
