“A diferença entre a saúde pública e a privada é que a gente espera numa sala com ar-condicionado”, dispara Maria Elena

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Ao utilizar a tribuna livre da Câmara de Petrolina na sessão desta quinta-feira (02), a vereadora Maria Elena fez um comparativo entre a saúde pública e privada. A parlamentar demonstrou seu descontentamento com a espera amargada por usuários de planos de saúde em Petrolina que necessitam de assistência especializada ou exames de imagem.

“Hoje a diferença entre a saúde pública e a privada é que a gente espera numa sala com ar-condicionado, porque o resto não tem diferença. Você paga um plano de saúde caríssimo e tem que esperar um mês ou dois para ter uma ultrassonografia agendada, para ter exames mínimos agendados. E a questão de consulta não se fala. Você conseguir uma consulta, pagando caro um plano de saúde, com esses médicos estrelas de Petrolina… Eu não sei, nós temos a Univasf, que há mais de 15 anos atua, de onde saem médicos e médicas, e não se revelam mais especialistas para desbancar essas grandes estrelas que se dão ao luxo de você querer um especialista, por exemplo, um gastro, querer um especialista, qualquer que seja o seguimento do especialista e você com um plano de saúde ter que esperar uns três ou quatro meses. Isso é uma vergonha”.

Apontando uma saída para o impasse, Elena aconselhou os novos profissionais da área. “Eu faço uma observação aos novos médicos de Petrolina: Como é que vocês estão saindo da faculdade? Como é que vocês estão se especializando? Cadê o doutorado de vocês para que possam abrir os consultórios médicos para igualar, democratizar, acabar com esse reinado de médicos que se acham mais do que Deus e se dão ao luxo de não atender, ou fazer um atendimento precário esperando que aquele paciente, mesmo pagando um plano de mil e tantos reais, R$ 800, R$ 1,5 mil, R$ 1,2 mil, tenha que pagar uma consulta particular. Aí se paga particular, minha amiga, num instante é atendido. Então fica esse reparo aqui porque nós enquanto legisladores temos que ter esse olhar para como a população está sendo atendida e ninguém fala, ninguém mexe. É igual a Justiça”.