Em recente entrevista ao Painel 100,7, a deputada estadual Dulci Amorim, ao analisar as pré-candidaturas do vereador Gilmar Santos e da ex-vereadora Cristina Costa à Assembleia Legislativa de Pernambuco, fez uma análise diferenciada. Os três são filiados ao Partido dos Trabalhadores e têm suas bases fincadas em Petrolina e por isso, podem ajudar ou atrapalhar na conquista do eleitorado. Dulcli avalia que ajuda na composição da legenda, mas deixou o alerta aos companheiros que os vereadores que concorreram à Alepe, não se reelegeram ao Legislativo Municipal na disputa conseguinte. Questionada sobre a declaração da colega de partido, Cristina rechaçou.
“Acho que foi uma avaliação muito infeliz, profetizar isso, acho que a deputada está levando para um lado da expectativa de um processo que ela vai enfrentar para a reeleição. Como Marília colocou, qual é o rumo que vai ser da política? Se vai ter uma federalização, realmente três candidaturas realmente comprometem. A gente tem que ter responsabilidade na discussão enquanto parlamentar, enquanto Partido dos Trabalhadores, o que a gente quer para a sociedade, para os trabalhadores que estão enfrentando dificuldade, estão passando fome, o desemprego é muito grande. E eu acho que foi muito infeliz, a conjuntura, a eleição de vereador é uma, a eleição de deputado estadual é outra, são conjunturas realmente diferentes”, reforçou.
Preocupada se haverá adesão do PT à federação, Costa destacou ao Nossa Voz que a decisão relativa a esta novidade vai alterar o contexto e as composições locais visando as eleições do próximo ano. ” Vamos discutir dentro do partido. Por exemplo, dentro de uma federação é preciso que a gente reveja isso, discuta isso”. A federação partidária prevê, em linhas gerais, que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral e mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só. Precisam, por exemplo, estar juntas na disputa presidencial, em todas as candidaturas estaduais e também nas atuações na Câmara dos Deputados e no Senado.
Por isso, a ex-vereadora relembra a importância de priorizar o projeto coletivo que atenda as necessidades da população e aos planos da legenda. “Hoje Dulcicleide é representante legítima do Partido dos Trabalhadores enquanto deputada com a votação que a gente teve. Se Cristina Costa não tivesse saído candidata a deputada estadual (2018), eu acho que ela (Dulci) não teria chegado até lá. Então, são desafios que a gente vai internamente discutir a questão. Da eleição municipal para vereadora, nós tivemos desafios dentro do partido. Eu tive que abrir mão de cabos eleitorais, pessoas que sempre nos apoiaram, que pleitearam candidaturas, para a gente pensar na cadeira do partido e não na cadeira de Cristina Costa. É uma posição diferente em pensar o partido. Pensar no partido enquanto projeto coletivo ou no partido como projeto pessoal. Para mim tem diferenças muito amplas”.