Isaac considera gestão desalinhada em Juazeiro e tece críticas à pré-candidatura do filho de Suzana

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Apesar de considerar um ano um período curto para tecer comentários acerca da gestão da prefeita Suzana Ramos, o ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho comentou em entrevista ao Nossa Voz desta quinta-feira (30), que “esperava que estivesse mais arrumado”. 

“O que a gente percebe é que a máquina tem um ano e as pessoas não conseguiram ainda. Tem muitas pessoas batendo cabeça ainda na educação, na saúde.
Agora recentemente fez uma demissão em massa na saúde, achei uma coisa muito ruim para a sociedade. Alguns postos fecharam 100%, muitas unidades de saúde demitiram a equipe de vacinação e estão sem equipes para vacinar num período desses de pandemia”. 

Carvalho ainda destaca que parte das obras realizadas na cidade até o momento foram feitas com recursos em caixa, deixados pelo aliado, Paulo Bomfim. “Da obra da intervenção urbana, que beneficia 12 bairros, o prefeito Paulo deixou a obra em andamento, um canal que deveria ter sido concluído na Alto da Aliança, pararam a obra. Tudo bem, a empresa pode não ter o interesse, destrata e faz uma nova licitação. Inclusive é uma obra do governo federal, não faltou recursos”.
 
Sobre a travessia urbana, sobre a qual a prefeita anunciou o retorno às obras, Isaac fez questão de relembrar que o projeto iniciou no seu governo ainda na gestão de Dilma. A paralisação teria ocorrido por perseguição política após o impeachment e sua torcida é que ela seja concluída. “Eu consegui, nos oito anos que estive prefeito, trazer grandes investimentos para Juazeiro. Saneamento, intervenção urbana em 12 bairros, com pavimentação, drenagem, mais de 11 mil casas, mais de 20 unidades de educação novas, entre creches e escolas. Então foram muitos investimentos que aconteceram no município. E agora, em cinco anos, dois de Temer e três de Bolsonaro, Juazeiro não tem recebido um investimento significativo”. 

O ex-prefeito também criticou o lançamento da pré-candidatura do filho de Susana, Jordávio Ramos, a deputado estadual. “Acho um equívoco, no primeiro ano era para arrumação  da casa e para ter uma melhor gestão nos próximos anos. Já lançou de primeira, a candidatura do filho a deputado estadual. Nada contra, espero que eleja, mas acho que como gestora de primeiro mandato, já que ela que eu saiba, nunca teve experiência de gestão pública e desconheço ter experiência na iniciativa privada, invés de se dedicar a gestão, está copiando o que fez o ex-prefeito Misael que se elegeu, já lançou de cara o filho, que terminou dando o desacerto futuro. Então acho que o primeiro ano deveria ser dedicado a gestão”, opinou.