Estudantes denunciam a precarização em prédios do Campus Ciências Agrárias da Univasf

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Sem obras definidas e com redução orçamentária, o Campus Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vê o avanço de rachaduras nos prédios e riscos de desabamento. Em entrevista ao Programa Nossa Voz desta sexta-feira (28), os estudantes classificaram a situação como total abandono.

“O matagal tomou de conta, muitas rachaduras, o forro caiu em muitos prédios. Eu entrei na universidade em 2018, e eram problemas que eu já presenciava na biblioteca. Tínhamos que ter cuidado em usar os livros dentro da biblioteca, tinham mesas interditadas para não ter acesso das goteiras dentro da biblioteca. Passamos dois anos com a biblioteca fechada, porque encerramos as atividades no início de 2020 e, até hoje, não voltamos. A biblioteca está abandonada, caiu mais de 60% do forro da biblioteca”, contou o estudante de medicina veterinária André Moraes.

O estudante de medicina veterinária, enfatizou que, diferente do Campus Sede, uma referência em termos de estrutura, o Campus Ciências Agrárias não recebe a atenção necessária. “O nosso Campus Centro é um prazer está lá dentro, ali está toda a gestão da universidade, o reitor está lá, a Proen está lá dentro. É tanto, que o nosso campus, Ciências Agrárias, ele não é um ponto de vacinação para o pessoal dos projetos, com a falta de estrutura para receber a população”, disse André.

Os estudantes relataram durante a entrevista a falta de comunicação da universidade em divulgar prazos e informações sobre a volta das atividades. “Temos um calendário para seguir que foi montado para um plano anual e, só agora, recebemos várias promessas em cima da hora. O nosso retorno estava marcado para o dia 2 de fevereiro. Foi aí que começamos a movimentar as mídias a partir do dia 19 de janeiro. Recebemos informações de outros estudantes, porque nunca vem da Univasf, relatou o estudante.

“Está numa situação em que estamos na iminência de voltar às aulas, e não existe um prazo definido para as aulas começarem, datas em que as obras irão começar e de quando vai ter essa reconstrução da biblioteca”, completou o estudante João Paulo Rodrigues.

João contou que, após a exposição nas mídias sociais sobre a atual situação do campus, iniciou uma obra para retocar as falhas, mas que não é o suficiente. “ O bloco de salas novo, não tem problemas. Mas os laboratórios e o hospital veterinário, estão muito danificados. Eles estão fazendo uma maquiagem, retiraram o forro que estava caindo sob a cabeça do povo e estão pintando a laje, cheia de infiltração e fazendo como se fosse uma pequena massa para cobrir a situação, mas que não vai resolver, porque é um problema de infiltração antigo”, desabafou ele.

Outra situação que procura os estudantes da Univasf é sobre a superlotação dos ônibus, problema antigo e que irá se estender com a entrada de novos discentes. “O nosso campus fica a cerca de 13 km do centro e existem seis ônibus que fazem a rota. Porém,a quantidade de veículos já não estava sendo suficiente desde o início de 2020. Pedimos posicionamento sobre como vai ficar as rotas, a monitoração do cartão de vacinação de cada um, do controle de cada aluno, porque são ônibus que já andavam lotados”, contou André.

A Univasf informou, por meio de um ofício, que a retomada da fase 3 do Plano Gradual de Retomada das Atividades Presenciais foi adiada pelo prazo de 30.