Após nove dias de paralisação, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) anunciou, nesta quarta (23), a suspensão da greve. Após uma passeata no Centro do Recife, a entidade informou que os profissionais rejeitaram a proposta de aumento salarial feita pelo governo. A categoria disse, no entanto, que a ideia é desempenhar as funções em ritmo “mais lento” em “operação-padrão”.
A manifestação ocorreu no dia em que o governo enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei com a proposta de aumento salarial de até 20%. Esse percentual tinha sido rejeitado pela categoria na segunda (14), dia da deflagração do movimento.
Os policiais se concentraram na frente do sindicato, por volta das 15h. Eles seguiram pelas ruas centrais da cidade, como a Avenida Cruz Cabugá. No início da noite, realizaram um ato na frente da Alepe.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), a greve “contou com 90% de adesão” em todo o estado. No dia 15, houve dificuldades para fazer registros de ocorrências em delegacias.
No dia 16, o Judiciário arbitrou uma multa de R$ 300 por dia em caso de manutenção da greve. No dia 17, a Justiça bloqueou R$ 600 mil das contas do sindicato e atingiu também as finanças do presidente da entidade.
Na segunda (21), o Sinpol informou que só estavam sendo elaborados 10% dos boletins de ocorrência. Quem tentou tirar carteira de identidade não tece acesso ao sistema. O sindicato disse que estavam sendo liberados apenas os documentos pedidos antes da greve.
No Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife, a categoria disse que realizou uma “operação-padrão”, liberando corpos depois do meio-dia e um por vez.
O governo informou, por nota, que os registros “estavam sendo feitos normalmente”. No entanto, não falou sobre as dificuldades apontadas pelas pessoas que precisam tirar identidade nem nos problemas no IML.
Segundo o estado, quem precisasse registrar queixas deveria usar os serviços oferecidos pela internet.
(Fonte: G1/ Foto: G1 Pernambuco)